Fiéis cercam Papa após missa para José de Anchieta, apóstolo do Brasil

Celebração presidida por Francisco teve trechos em português.
Anchieta viveu no país há mais de 400 anos e foi canonizado este mês.

O Papa Francisco foi cercado por dezenas de fiéis depois da missa que rezou nesta quinta-feira (24), em Roma, dedicada ao jesuíta espanhol José de Anchieta, canonizado no último dia 3 por decreto.

Muitos brasileiros, argentinos e italianos se aglomeraram para chegar perto do Papa na saída da igreja romana de Santo Inácio de Loyola, religioso fundador da Companhia de Jesus, à qual pertenceu Anchieta e também o pontífice argentino.

Na cerimônia de consagração de São José de Anchieta, o apóstolo do Brasil, o Papa Francisco afirmou que a razão de sua santidade é que “ele não teve medo da alegria”.

Em sua chegada ao templo, às 17h50 (horário local, 12h50 de Brasília), o Papa foi recebido com ovações pelos vários fiéis e curiosos que se amontoavam às portas da igreja.

Roma está tomada por milhares de peregrinos de diversos países do mundo que chegaram para assistir, no próximo domingo (27), às canonizações de João XXIII e João Paulo II.

O papa Francisco presidiu os ritos e leu em português, apesar de ter optado pelo espanhol na hora de pronunciar sua homilia, na qual assegurou que “não temer a alegria” foi a verdadeira razão da santidade do missionário, segundo a agência Efe.

Participaram da missa, além de uma ampla delegação brasileira, um grupo numeroso procedente das ilhas Canárias, de onde era Anchieta, com cerca de 90 pessoas entre autoridades, sacerdotes e fiéis.

O próprio Francisco foi quem assinou o decreto para santificar José de Anchieta (1534-1597) graças à chamada “canonização equivalente”, ou seja, sem necessidade de milagres e pelo reconhecimento do fervor popular.

São José de Anchieta, que viveu no século XVI, atuou no Brasil na maior parte de sua vida. Foi um dos fundadores da cidade de São Paulo, em 1554, e visitou diversas localidades.

Ele é o terceiro santo a ter laços estreitos com o país. A primeira foi Madre Paulina, santa desde 2002. Em seguida, veio Frei Galvão, brasileiro nascido em Guaratinguetá (SP), proclamado Santo Antônio de Sant’Ana Galvão em 2007 por Bento XVI, em visita ao Brasil.

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