Ato em SP tem 7 detidos e ataque a loja de marca patrocinadora da Copa
Sete suspeitos foram presos com martelos e coquetéis molotov.
Loja da Hyundai e cabine da PM foram depredadas.
O protesto contra gastos da Copa do Mundo em São Paulo terminou com sete pessoas detidas na noite desta quinta-feira (15). Durante o ato, manifestantes depredaram lixeiras, uma cabine de polícia, agências bancárias e uma concessionária da Hyundai, marca patrocinadora do evento esportivo.
Este foi o último dos protestos realizados nesta quinta em São Paulo. Desde o início do dia, professores, sem-teto e sindicalistas, em diferentes atos, fecharam vias importantes, como as marginais Pinheiros e Tietê.
A manifestação começou de forma pacífica, às 17h, na Praça do Ciclista, onde reuniu cerca de 1.200 pessoas, segundo a PM. Ainda na concentração, o grupo fechou a Avenida Paulista nos dois sentidos.
Vinte manifestantes foram detidos para averiguação na Rua Augusta. Após revista, 13 foram liberados e os sete restantes, encaminhados para o 78º Distrito Policial, nos Jardins. Segundo a polícia, eles portavam martelos e coquetéis molotov.
No início da noite, os manifestantes seguiram em caminhada pela Rua da Consolação, sentido Centro, rumo ao Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste da cidade. Havia mascarados no grupo. Ainda na Rua da Consolação, na esquina com a Rua Matias Aires, os manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar.
Parte do grupo provocou os policiais que acompanhavam ato de perto, da calçada. Eles tentaram furar o bloqueio e foram impedidos. Vândalos atiraram pedras e xingaram os policiais, que reagiram com bombas de gás e golpes de cassetetes.
A maior parte dos manifestantes dispersou. Um grupo ateou fogo em sacos de lixo, depredou lixeiras, vasos de flores. Durante a confusão, um ônibus foi esvaziado. Manifestantes tentaram manobrar o veículo, mas não tiveram sucesso.
Na sequência, invadiram uma concessionária da Hyundai. O edifício, situado na Rua da Consolação, teve os vidros quebrados, possibilitando que vândalos invadissem e depredassem veículos com paus e pichações.
Uma cabine da PM instalada na esquina da Consolação com a Avenida Paulista foi derrubada e pichada. Uma agência do banco Itaú foi depredada na Paulista, assim como bares e lojas na região da Consolação. Barricadas de lixo também foram montadas nas ruas Bela Cintra e Augusta, o que atrapalhou a circulação de veículos.
Uma mulher levou uma pancada no rosto e recebeu os primeiros-socorros em um hotel na Consolação. Em seguida, ela foi levada ao Hospital das Clínicas. Ela passa bem. Um homem também machucou a perna e foi socorrido por manifestantes. Não havia informações sobre a saúde dele.
Após o quebra-quebra, parte dos manifestantes seguiu em direção ao estádio do Pacaembu, no bairro de mesmo nome, na Zona Oeste de São Paulo.
Eles seguiram, depois, para estações do Metrô. Não houve mais conflitos, segundo a PM.