Afogados: gestores comemoram melhorias na saúde
Por André Luis
Uma pesquisa divulgada ontem pela direção do Hospital Regional Emília Câmara de Afogados da Ingazeira, atesta a satisfação de 78,9% dos entrevistados. A pesquisa também mostra que para 14,6% a unidade é regular, contra apenas 4,9% que a consideram ruim e 1,6% que a avaliam como péssima.
Para falar sobre a pesquisa e sobre o andamento dos atendimentos de média e alta complexidade na Unidade, no Debate das Dez desta quarta-feira (4), a diretora do HREC, Patrícia Queiroz. O Debate também contou com a participação do secretário municipal de Saúde de Afogados da Ingazeira, Artur Belarmino, que falou sobre o atendimento na Atenção Básica do município.
Patrícia explicou que a pesquisa faz parte do monitoramento semestral realizado pela Prefeitura de Afogados. “Nessa pesquisa foi avaliado o serviço de saúde do hospital e pelas mudanças que vem ocorrendo, achamos interessante divulgar os resultados”, disse.
A diretora do HREC, informou que a OS Hospital do Tricentenário, completou em março, oito meses à frente do hospital e listou algumas mudanças que foram feitas: “ampliamos a gama de profissionais, quando assumimos a unidade contava com dois clínicos, um pediatra, um obstetra e um cirurgião. Hoje temos, dois clínicos, dois pediatras, ortopedista quatro vezes por semana, dois cirurgiões e dois obstetras. Quando assumimos foram 80 partos, em março passado foram 156,”, informou Patrícia.
Patrícia também informou que a demanda do hospital tem aumentado muito partindo de 6 mil atendimentos em setembro na urgência e emergência, contando com consultas médicas e classificação de risco, para 10 mil atendimento no mês passado.
Sobre a classificação de risco Patrícia explicou como funciona:
“Temos na unidade um serviço de acolhimento com classificação de risco, o que esse acolhimento faz, ele vai classificar o paciente quanto ao risco de vida que teria de acordo com os sintomas que ele apresenta, temos um profissional enfermeiro que faz essa avaliação. Os pacientes recebem um pulseira que de acordo com a cor é que determina seu grau de urgência. Vermelha – Auto risco o paciente entra direto; Amarela – O paciente precisa de um atendimento rápido, mas pode esperar um determinado tempo; Verde e azul – Pacientes que precisam ser atendidos, mas que podem esperar até 4 horas sem que isso faça com ele tenha risco de vida”, explicou Patrícia.
Patrícia ainda falou sobre a questão da espera dos pacientes, o que é inevitável visto que existem prioridades que precisam ser atendidas antes.
Sobre o futuro, Patrícia informou que será implantado o sistema de prontuário eletrônico na Unidade e iniciar o sistema de controle do almoxarifado e da farmácia, disse ainda que foi solicitado autorização ao Estado para a compra de ares-condicionados para climatizar a unidade e que uma das metas seria adequar o tempo de espera dos pacientes, além de informar sobre o lançamento de uma cartilha onde haverá orientações a comunidade sobre o funcionamento da Unidade.
Já o secretário de Saúde Artur Belarmino, disse que o melhoramento aconteceu em todos os serviços a partir do momento que a Atenção Básica passa a ser resolutiva criando menos demandas à rede de urgência e emergência, como é o caso do HREC.
“Houve melhoras significativas, não com relação aos encaminhamentos da Atenção Básica, mas com relação as demandas que procuram o hospital e que hoje tem resolutividade aqui no nosso território. Um exemplo prático são as redes de obstetrícia, para se ter uma ideia o hospital hoje consegue dobrar a meta do que ele consegue executar,” disse Artur.
Outra coisa importante segundo Artur foi o fechamento do relatório de gestão de 2017, que mostrou uma redução do número de internações por causas sensíveis a Atenção Básica. “E aí há um esforço das esquipes de Atenção de Básica quanto da própria equipe do HREC, com a classificação de risco”, disse Artur, que aproveitou para esclarecer dúvidas dos ouvintes da Pajeú. Ouça abaixo a íntegra do debate de hoje: