Patrimônio de Mandela é avaliado em US$ 4,1 milhões, diz testamenteiro

Testamento do líder foi lido publicamente nesta segunda.
Líder distribuiu patrimônio entre família, colaboradores, escolas e partido.

O patrimônio do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela foi avaliado provisoriamente em 46 milhões de rands (cerca de US$ 4,1 milhões ou R$ 9,3 milhões), disse nesta segunda-feira (3) à imprensa um de seus testamenteiros, o juiz Dikgang Moseneke.

Moneseje disse que foi feito um inventário provisório que “reflete um valor provisório de 46 milhões de rands”, durante a leitura pública do testamento, Mandela deixou seu patrimônio à família, a colaboradores, às escolas que frequentou e ao Congresso Nacional Africano, seu partido.

Mandela, líder da luta anti-apartheid na África do Sul, morreu em 5 de dezembro de 2013 aos 95 anos.

Suas três propriedades foram legadas à fundação familiar “Nelson Rohlilala Mandela Family Trust”, entre elas a casa na qual está enterrado em Qunu, no sul da África do Sul, e a de Johannesburgo, onde recebeu cuidados médicos no bairro abastado de Houghton.

“Meu desejo é que sirva também de local de reunião da família Mandela para manter sua unidade muito tempo depois de minha morte”, escreveu em seus últimos desejos.

A família Mandela mostrou publicamente suas divisões nos últimos anos, especialmente entre seu neto Mandla, primeiro herdeiro homem, segundo o costume xhosa, e sua filha mais velha, Makaziwe.

Nelson Mandela, falecido no dia 5 de dezembro e enterrado dez dias depois em sua aldeia natal, tem mais de 30 filhos, netos e bisnetos de seus dois primeiros casamentos.

Também incluiu em seu testamento os filhos de sua viúva Graça Machel, com quem se casou aos 80 anos.

“A leitura de um testamento sempre é para as famílias uma ocasião repleta de emoções porque faz ressurgir muitas coisas, mas foi bom. O testamento foi lido, página por página. Isso levou mais tempo que o previsto. Foram pedidos alguns esclarecimentos”, afirmou o juiz Moseneka.

“Praticamente toda a família Mandela e seus descendentes estiveram presentes, o que nos alegrou”, acrescentou.

No testamento, redigido em 2004 quando tinha 86 anos e posteriormente emendado, Mandela teve palavras pessoais para a maioria de seus herdeiros, segundo o juiz.

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