Senado dos EUA aprova aumento do teto da dívida até março de 2015

Aprovação é vitória do governo Obama, que não correrá risco de calote.

No ano passado, Estátua da Liberdade fechou por falta de dinheiro.

O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (12), o aumento do teto de dívida do país até março de 2015, pondo fim à possibilidade de o governo ter de dar um calote, por ter alcançado o limite máximo dos gastos.

Com o aumento do teto da dívida, o governo dos EUA pode continuar gastando e pagando suas dívidas, apesar de ter atingido o valor máximo permitido pelo Congresso. No ano passado, não houve essa autorização, e inúmeros serviços e atividades do país que dependem de servidores públicos deixaram de funcionar. Um exemplo foi a visitação à Estátua da Liberdade, que teve de ser paralisada.

O limite legal da dívida, elevado em outubro depois de uma dura batalha parlamentar e do fechamento de alguns serviços, foi alcançado novamente na sexta-feira (7) e o Tesouro alertou que não poderia continuar funcionando até o final do mês sem uma nova autorização para contrair nova dívida pelo Congresso.

Além de afetar a estrutura do governo, quando o limite dos gastos é alcançado e não é aumentado, o país é visto com desconfiança e tem de pagar mais juros pelos empréstimos feitos. A alta dos juros nos EUA impacta também outros países, já que as taxas pagas lá são referência para o resto do mundo.

Aumento do teto
Tecnicamente, a lei aprovada nesta quarta estabelece que o teto da dívida, atualmente fixado em US$ 17,2 trilhões, não seja aplicado até 15 de março de 2015.

A votação no Senado, antecipada devido à tempestade de neve que se aproxima de Washington e ameaça paralisar a rede de transportes da capital americana, foi acirrada e terminou com 55 votos a favor da prorrogação e 43 contra.

A proposta foi aprovada, na terça, por uma pequena margem de votos na Câmara, controlada pelos republicanos, e não inclui nenhuma condição ou contrapartida política em troca, o que representa uma retirada tática por parte dos conservadores, que a princípio tinham se negado a apoiar a lei.

Para a Casa Branca, trata-se de uma vitória, pois o governo havia se negado a negociar o limite da dívida. Os resultados das votações no congresso americano deverão ainda ser ratificados pelo presidente Barack Obama.

“Foi feito o que tinha de ser feito”, disse o senador republicano Bob Corker, que se opunha a um aumento do teto legal da dívida sem o estabelecimento de condições por parte do seu partido, mas que apoiou o procedimento para permitir a votação final. “Poderíamos ter causado um caos no país durante duas semanas, ou deixar isto para trás”, justificou.

O Tesouro americano havia pedido ao Congresso que aprovasse antes de 27 de fevereiro uma nova autorização para o endividamento do governo, já que, depois dessa data, os Estados Unidos poderiam ficar em situação de suspensão parcial de pagamentos.

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