Augusto César cobra reajuste salarial para servidores da Adagro

O deputado Augusto César (PTB) levou à tribuna, durante a Reunião Plenária desta terça (3), pleito dos servidores da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro). A categoria, em greve por tempo indeterminado, alega que o Governo do Estado descumpriu acordo de reajuste salarial firmado com os trabalhadores no ano passado.

Segundo o parlamentar, o Governo do Estado deixou de enviar à Casa projeto de lei garantindo a correção salarial da categoria porque atingiu o limite prudencial de gastos. Isso significa que a despesa do Executivo com pessoal atingiu 95% do total permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal e, por isso, reajustes não são autorizados. “Todos querem saber, no entanto, o motivo de o projeto ter passado mais de 30 dias na Secretaria da Casa Civil antes de vir à Alepe. Parece que estavam esperando acontecer algo que inviabilizasse a proposta”, afirmou.

O petebista esclareceu que, em função da greve, serão afetadas as emissões de certificados e guias de trânsito animal e vegetal, as inspeções de laticínios e a fiscalização de qualidade de carnes. “É urgente uma solução imediata para a situação. Faço um apelo para que o Executivo inicie diálogo imediatamente com o sindicato”, cobrou o parlamentar, lembrando que a categoria não tem seus salários reajustados há quatro anos.

Parlamentares da Oposição apoiaram o pronunciamento de Augusto César, em apartes. “Este é mais um exemplo da falta de compromisso do Governo do Estado com seus servidores”, afirmou Álvaro Porto (PSD). “Não conceder o reajuste prometido é falta de respeito e, também, irresponsabilidade”, acrescentou Socorro Pimentel (PSL). O deputado Sílvio Costa Filho (PRB) sugeriu que a Casa convide o secretário estadual de Administração, Milton Coelho, a prestar esclarecimentos sobre o fato.

“Fico triste em ver essa categoria, que desempenha um trabalho importante para as divisas do Estado, não ser tratada com respeito”, declarou o deputado Júlio Cavalcanti (PTB). “A falta de respeito do Governo do Estado tem se configurado não apenas com algumas categorias de servidores, mas também conosco, que não vemos nossas emendas serem executadas”, concluiu Edilson Silva (PSOL).

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