Confusão em audiência pública em ginásio de Porto Alegre

Após rojões e pancadaria, audiência sobre transporte coletivo foi cancelada.

Prefeitura cancelou a participação popular em debates sobre o tema.

Imagens da RBS TV mostram a confusão que culminou no cancelamento da audiência que debateria na noite desta segunda-feira (10) a primeira licitação da história no transporte público de Porto Alegre foi cancelada (confira no vídeo ao lado). Após o tumulto, que teve rojões atirados contra mesa de autoridades e pancadaria entre manifestantes e guardas municipais, a prefeitura decidiu cancelar a participação popular nos debates sobre o tema.

Por meio do Twitter, o prefeito José Fortunati responsabilizou o movimento Bloco de Lutas pelo tumulto. “É inadmissível a postura do Bloco de Lutas que não aceita participar dos processos democráticos existentes e quer impor pela violência a sua vontade. Postura arbitrária e antidemocrática. Cumprimos com a nossa parte e viabilizamos a discussão com a sociedade”, escreveu o político.

A audiência estava marcada para as 19h. Cerca de 15 minutos depois, alguns membros do público que acompanharia o debate nas arquibancadas arremessaram pelo menos quatro rojões em direção à mesa e rasgaram uma tela de proteção e ocuparam a quadra por alguns instantes. A Guarda Municipal reagiu e, com golpes de cassetetes, afastou os manifestantes. Apesar do clima tenso, a audiência prosseguiu.

Porém, por volta de 19h30, um novo grupo de manifestantes entrou no ginásio com instrumentos musicais e houve mais um momento de confronto com guardas municipais. Os servidores utilizaram escudos para afastar a multidão. Alguns reagiram jogando bolas de papel e pedaços de concreto. Às 19h35, o cancelamento da audiência foi anunciado. Um adolescente foi levado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) e um homem foi encaminhado a uma delegacia.

A mesma audiência estava programada para o dia 27 de fevereiro no plenário da Câmara Municipal, mas acabou sendo transferida para o Tesourinha após tumultos serem registrados nos dois portões da Casa. Na ocasião, agentes da Guarda Municipal chegaram a usar uma arma de choque contra os manifestantes.

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