Ex-presidente Zelaya contesta resultado da eleição em Honduras

Parciais dão vitória do governista Hernández sobre Xiomara Castro.
Governista nega irregularidades e afirma que venceu ‘nas urnas’.

O ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya disse nesta segunda-feira (25) que seu partido não vai aceitar os resultados oficiais das eleições presidenciais da véspera, em que sua mulher, Xiomara Castro, está perdendo para o candidato governista Juan Orlando Hernández.

“Proclamo que não aceitamos os resultados do Tribunal Supremo Eleitoral”, disse Zelaya em entrevista. “Se for necessário, iremos às ruas defender nossos direitos, como sempre fizemos.”

Apesar de as autoridades ainda não terem proclamado um vencedor, no domingo foi divulgado que o candidato do Partido Nacional (PN) encabeçava os resultados com 34,27% contra 28,67% para Castro, do Partido Liberdade e Refundação (Livre), apurados 54% dos votos.

O Partido Livre sustenta que houve “sérias inconsistências” em 19% das atas eleitorais (que representam 400 mil votos) através da “transmissão irregular de resultados”.

“Este povo está disposto a defender esta vitória pela via legal, pela via diplomática, mas também nas trincheiras nas quais sempre estivemos nas ruas. Aqui ninguém se rende, ninguém, companheiros”, acrescentou Juan Barahona, um dos principais líderes dos protestos contra o golpe e candidato à vice-presidência pelo Partido Livre.

Mais cedo, Xiomara já havia contestado os resultados parciais.

‘Triunfo nas urnas’
Hernández defendeu a legitimidade da vitória

Ele disse que conseguiu seu triunfo nas urnas e que “não vai negociar com ninguém”, rechaçando as denúncias de fraude.

“A voz do povo é a voz de Deus, passamos aos grandes acordos nacionais”, disse, ao reconhecer que a nova formação do Congresso vai incluir pelo menos dois partidos novos, entre eles o de Xiomara.

“Já que o povo escolheu, vamos trabalhar”, disse, ao anunciar que nomeou uma comissão para a transição de governo.

O atual presidente, Porfírio Lobo, deve entregar o cargo em 27 de janeiro de 2014.

Do G1

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