Futuro das CPIs de Brumadinho deve ser definido nesta terça

Do Congresso em Foco

Senadores e deputados interessados em tratar das circunstâncias da tragédia de Brumadinho (MG), que deixou 165 mortos confirmados e 155 desaparecidos confirmados até a noite da última segunda-feira (11).

Há dois requerimentos protocolados com assinaturas: um na Câmara, pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), e outro no Senado, encabeçado pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Carlos Viana (PSD-MG). Os senadores devem conversar na manhã desta terça (12) para definir se manterão uma CPI independente no Senado ou juntarão forças com a Câmara. Alencar não confirma acordo entre as Casas.

“Primeiro eu vou ouvir o lado da Câmara, o que eles vão propor. Vou conversar com os deputados para a gente ver a viabilidade de tocar isso”, diz o senador baiano.

“Nem eu nem o Carlos Viana abrimos mão de ter essa CPI no caso de ter interferência de gente que pode criar dificuldades para vender facilidades”, afirmou a deputada. Sem citar nomes, ela rejeitou acordo “com a turma do PT, ou de governos antigos, do [Fernando] Pimentel [ex-governador petista de Minas], ou mesmo da Dilma, ou que tenha qualquer ligação com mineradoras”.

A comissão externa da Câmara alega que a CPI não é o principal objetivo do grupo. Os deputados devem fechar nesta terça um documento chamado “Carta de Brumadinho”, com mudanças legislativas que o grupo defenderá que se aprove com urgência, independentemente das investigações.

“Não adianta ter uma CPI no Senado e uma na Câmara tratando do mesmo assunto. Por isso vamos pedir o bom senso dos senadores e deputados para compor uma mista”, afirma o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), integrante da Comissão.

Delgado critica, no entanto, a ideia de fazer uma CPI voltada especificamente às circunstâncias da tragédia. “O acidente de Brumadinho já está sendo investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais. A Polícia Civil está fazendo um inquérito. Você chegar à conclusão que o inquérito deles está chegado, nós [parlamentares] vamos chegar nos memos personagens. Nos mesmos responsáveis”, avalia o deputado.

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