Na crise, todos falam a mesma linguagem

Do blog do Inaldo Sampaio

Do sertão ao cais, quase todos os prefeitos de Pernambuco, empossados anteontem, falaram praticamente a mesma linguagem. É hora de apertar o cinto, cortar gastos, reduzir o número de secretarias e de enxugar o quadro de cargos em comissão.

Isso foi dito também pelos prefeitos das capitais em razão da crise fiscal com que o Brasil ora se depara. É que vários ex-prefeitos não honraram o salário de dezembro nem o 13º, deixando esse “pepino” para os sucessores, que já começarão o ano com a obrigação de pagar 14 ou 15 folhas em 2017.

O discurso da austeridade foi positivo num início de ano incerto como o atual. Mas muitos gestores assumiram compromissos que seguramente não irão honrá-los. Foram “declarações de intenções” feitas no calor do embate eleitoral, assim como fizeram Geraldo Júlio, no Recife, em sua campanha de 2012, e Paulo Câmara, em Pernambuco, quando disputou o Governo do Estado em 2014.

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