“Não queremos grandes salários, queremos condições de trabalho” – Desabafa Danilo Henrique  GCM

Em nota enviada à Rádio Pajeú pela Guarda Civil Municipal de Afogados da Ingazeira, onde há o relato de uma jovem que responde pelo nome de Aline Márcia, moradora da Diomedes Gomes, que foi abordada com atitude suspeita na Praça Monsenhor de Arruda Câmara na madrugada do último sábado (03), e que foi constatado que a mesma estava portando arma branca. Por volta das 4h30 a jovem retornou ao local totalmente transtornada e começou a depredar a Praça, quebrando alguns bancos de mármore, foi então conduzida ao HREC pela GCM, pois aparentava sinais de ingestão de alguma substância tóxica, após isso a mesma foi entregue a familiares.

Diante de tal nota era intenção do Debate das Dez de hoje (05) tratar sobre os casos de danos ao patrimônio público, principalmente por menores que vem aumentando gradativamente nos últimos tempos. Algumas questões ainda foram abordadas relacionadas ao tema proposto, como o relato por parte do tenente Matias que o consumo de drogas tem aumentado e se torna cada vez mais sério e até a prática de sexo entre jovens em logradouros públicos. Alguns ouvintes e internautas ainda participaram e se disseram assustados com o comportamento dos jovens hoje em dia e que esses estão cada vez mais desrespeitosos, violentos e atrevidos.

Diante de denúncias tão graves a produção do Manhã Total tentou contato com  alguém do Conselho Tutelar que mais uma vez recebeu duras críticas de alguns ouvintes, porém sem êxito. Mais tarde após o Debate a conselheira Alani Ramos através de comentário no Painel Interativo do Portal Pajeú Rádio Web, explicou porque não foi possível o contato e respondeu algumas questões levantadas. Leia abaixo:

“Oi Nill, estava em uma audiência e por este motivo não pude participar. O adolescente que a guarda citou está na Funase em Arcoverde, com relação ao toque de recolher você sabe que eu sou completamente a favor e o Sr. que participou e disse que o Conselho tira o corpo fora este sim não sabe o que diz porque é a família que tem obrigação de cuidar e ir atrás dos filhos, concordo que a guarda tem muito trabalho, como nós também mas é necessário que o Ministério Público e a Juíza tome as medidas cabíveis”.

Mas depois de passados os primeiros momentos do Debate o tema sofreu drástica mudança e o que era para ser uma conversa sobre danos ao patrimônio público virou um grande desabafo da Guarda Municipal de Afogados da Ingazeira.

Em suma, tanto o chefe da guarda, Tenente Expedito Matias, como representantes da categoria reclamam a demora em adotar por parte do executivo políticas de apoio aos guardas municipais na cidade. A guarda vive uma crise que só se agrava desde que por orientação do então prefeito Totonho Valadares, foi extinta com aval da Câmara de Vereadores do município. Reforço só por contratação temporária.

No mar de lamentações da guarda, efetivo reduzido, falta de equipamentos de segurança como coletes ou equipamentos não letais como teaser, excesso de atribuições sem condições necessárias, falta de autonomia do comando, refém de alguns secretários, risco de morte no enfrentamento com menores que usam, acreditem, a Praça Arruda Câmara para tráfico e uso de drogas, dentre outros problemas.

A alegação para que o principal cartão postal da cidade, a Praça Arruda Câmara, seja usado por menores para se drogarem é a má iluminação, fruto da concepção original do projeto, que queria dar ao cartão postal um ar de crepúsculo. “Esse projeto cria pontos de escuridão e os delinquentes se aproveitam”, relata Mathias.

“Estamos entre os servidores do município, que ao contrário de outras áreas querem trabalhar. Não queremos grandes salários, queremos condições de trabalho”, desabafa Danilo Henrique, guarda que atua na área.

Os guardas foram diretos: a falta de uma política de municipalização do trânsito e a delegação de guardas para este trabalho gera desconforto. “Não adianta a gente orientar um mal motorista que sabe que não vamos poder fazer nada contra ele em relação a punição”, diz Mathias.

Ouça abaixo o Debate na íntegra e dê a sua opinião sobre o tema:

 

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