RJ contabiliza mais de 4 mil pessoas desalojadas pelo temporal

Municípios da Baixada decretaram estado de calamidade pública.

Estado registrou 395 desabrigados até a manhã desta quinta-feira (12).

O temporal que atingiu o Rio de Janeiro entre a noite de terça-feira (10) e a manhã de quarta-feira (11) alagou ruas, isolou moradores e deixou mais de quatro mil pessoas desalojadas em todo o estado. As informações foram contabilizadas com a assessoria de cada município. Duas pessoas morreram.

Na capital, 200 pessoas ficaram desalojadas e outras 50 desabrigadas. Municípios da Baixada Fluminense decretaram estado de calamidade pública. Em Nova Iguaçu, foram registrados 900 desalojados e 200 desabrigados. Já em Queimados, o número chegava a 1987 desalojados e 116 desabrigados. No município de Japeri, tinham mais de mil famílias desalojadas e 23 desabrigadas.

Também foram atingidos os municípios de Belford Roxo – com 1100 desalojados e e seis desabrigados -, São João de Meriti – mais de cem desalojados -, e Mesquita – com 50 famílias desalojadas. Duque de Caxias e São Gonçalo também foram atingidos.

No total, o estado do Rio de Janeiro registrou o número de cerca de 4087 desalojados e 395 desabrigados, exceto as famílias.
Veja cobertura completa sobre a chuva.

Monitoramento por 24 horas
De acordo com a Defesa Civil do Estado, está sendo feito um o monitoramento de 24 horas junto com os municípios para que eles possam ativar os seus planos de contingência. “Apesar de tecnicamente o verão não ter começado, para a Defesa Civil do estado já começou. Desde o final de outubro estamos em sistema de alerta, com sistema de plantão 24 horas, monitorando todas as frentes que estão chegando ao nosso estado”, afirmou o coronel Luis Guilherme Ferreira, superintendente operacional da Defesa Civil do Rio de Janeiro.

A Defesa Civil também fez questão de destacar os cuidados necessários durante esse período de chuvas fortes. Segundo o coronel, a população deve ter atenção com escorregamentos e inundações e procurar adotar certos cuidados. “Nós orientamos as pessoas que residem em área de risco que, tão logo sejam informadas que devem sair de suas casas, em função do acumulado de chuva, saiam e busquem pontos de apoio pré-definidos pelo município. Na questão de alagamentos ou inundações, por vezes nós vemos cenas de pessoas passando pelas áreas de alagamentos. Evitem esse tipo de coisa porque vocês não têm a noção exata de profundidade, ou onde começa o bueiro e termina a rua”, destacou Ferreira.

Ainda de acordo com o coronel, há dois pontos preocupantes no estado nas últimas 48 horas. O Subúrbio do Rio, na região que compreende os bairros de Irajá, Acari, Colégio e na Baixada Fluminense, nos municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo, Queimados e Japeri. “Atualmente, a nossa preocupação é o Noroeste do Estado, onde o Rio Muriaé já está na fase de transbordo, já que essa frente está se deslocando para o Espírito Santo”, enfatizou.

Ajuda federal
Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff ligou para o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes para oferecer ajuda federal. Cabral pediu itens básicos para a população, como água potável, colchonetes e cestas básicas.

Ainda na quarta, Paes chegou a pedir que ninguém saísse de casa. “Vamos apurar o que causou todos esses alagamentos”, disse. O prefeito afirma que houve “dificuldade de drenagens em áreas que fazem limites entre a Zona Norte e a Baixada Fluminense”.
Devido ao temporal, vias importantes chegaram a ser obstruídas, como a Avenida Brasil, que ficou alagada durante toda quarta-feira, e a Avenida Radial Oeste, no Maracanã. O entorno do estádio também ficou alagado.

Do G1

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