Suspeito de ligação com morte de torcedor no Recife é levado ao DHPP

Disque-Denúncia confirmou que recebeu informações e acionou a PM.
Paulo Ricardo Gomes da Silva morreu ao ser atingido por vaso sanitário.

Um homem de 23 anos, que seria suspeito de ter atirado o vaso sanitário que matou o torcedor do Sport Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, foi levado para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no começo da tarde desta segunda-feira (05).

A Polícia Militar informou que chegou até ele através de informações recebidas pelo Disque-Denúncia, que confirmou ter acionado a corporação para efetuar a captura. Um homem que se identificou como advogado do rapaz chegou à delegacia, mas não conversou com os jornalistas. O pai, a irmã e um tio do jovem também estão no local, mas tampouco falaram com a imprensa.

Informações extraoficiais dão conta de que o suspeito foi preso em Ouro Preto, bairro de Olinda, e teria confirmado a participação dele e de mais dois outros homens no crime. No celular dele teriam sido encontradas mensagens sobre a morte de Paulo Ricardo.

A delegada Gleide Ângelo, titular da investigação, ainda não informou as circunstâncias em que ocorreu a captura nem disse se vai conversar com a imprensa ainda nesta tarde para repassar esses detalhes.

Velório e enterro
Paulo Ricardo foi assassinado na noite de sexta-feira (02), ao ser ser atingido por um vaso sanitário atirado do estádio do Arruda, após o jogo entre Santa Cruz e Paraná. O corpo dele foi enterrado no domingo (04), após velório na capela do Cemitério de Santo Amaro. Muita emoção marcou toda a cerimônia, que reuniu centenas de pessoas. Durante o velório, os pais do rapaz passaram mal e precisaram ser retirados do local.

Ainda durante o velório, os parentes cobraram ação rápida da Justiça. O padrasto Maurício Oliveira afirma que a família pensa em cobrar judicialmente a responsabilidade do Santa Cruz. “A gente tem de pedir justiça. O presidente do Santa não pode dizer que não tinha ninguém no estádio. Como é que não tinha, se caíram dois vasos? O cara ser presidente de um clube e dizer um negócio desses?”, disse.

Oliveira se referia à declaração de Antônio Luiz Neto, dirigente do clube pernambucano, que eximiu o time de qualquer responsabilidade sobre a agressão. “O fato é que o jogo já havia sido encerrado, as luzes do estádio haviam sido apagadas, os portões fechados, a polícia havia feito a evacuação dos torcedores, mas mesmo assim os vândalos cometeram esse fato. Nós lamentamos muito”, disse Luiz Neto, no sábado (3).

O pai de Paulo Ricardo, José Paulo Gomes da Silva, fez um apelo às autoridades. “Acabaram com duas famílias, a minha e a da mãe dele. Minha mãe, de 83 anos, está se acabando. Isso foi um crime, não uma briga. Se não resolverem logo isso, daqui uma semana vão jogar outro vaso e matar outra pessoa”, lamenta.

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