Terceiro suspeito confessa ter atirado vaso que atingiu e matou torcedor

Confissão de Waldir Pessoa Firmo Jr. foi feita em depoimento, diz advogado.
‘Ele se mostrou arrependido e chorou’, informou o defensor Jurandir Alves.

Depois de aproximadamente duas horas de depoimento, na noite desta quinta-feira (8), o terceiro suspeito preso por envolvimento na morte do soldador Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, atingido por um vaso sanitário no entorno do estádio do Arruda, no Recife, confessou à polícia ter ajudado a jogar as privadas do alto da arquibancada. A informação foi repassada por Jurandir Alves, advogado responsável pela defesa de Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos.

“Ele se mostrou arrependido e chorou durante todo o depoimento. Ele conhecia os outros dois, participavam da mesma torcida [Inferno Coral]. Waldir disse que não tinha intenção de atingir ninguém. Ele nem sabia que o vaso tinha sido lançado para fora do estádio, pensou que tinha ficado [na parte de] dentro mesmo. Vou esperar o inquérito completo da polícia para poder preparar minha defesa”, informou.

O advogado disse também que Waldir Júnior não possuía antecedentes criminais. “Ele não estava fugindo ou se escondendo. Estava em casa, com muito medo, mas eu e a família conseguimos convencê-lo a se entregar”, assegurou Jurandir Alves.

Waldir Júnior se entregou espontaneamente e chegou acompanhado dos pais e do advogado à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A mãe dele, Iraci Minervina da Silva, disse à imprensa que o filho agiu por impulso e já queria ter se entregado, mas estava com medo da polícia. O rapaz já tinha trabalhado como auxiliar de estoque, mas estava desempregado. Ele foi transferido para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, por volta das 22h.

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