Heróis da resistência: Léo Moura e Baier famintos pela Copa do Brasil
Capitães de Flamengo e Atlético-PR, veteranos contrariam previsões, mostram fôlego e chegam à decisão como destaques dos finalistas
Será algo inédito. Seja qual for o resultado. Para um ou para outro, erguer a Copa do Brasil como capitão do seu clube tem sabor ainda desconhecido. Falta pouco. Muito pouco para que um deles descubra. Léo Moura ou Paulo Baier? Quem terá esse privilégio? Nesta quarta-feira, num Maracanã abarrotado por cerca de 70 mil pessoas, Flamengo e Atlético-PR escrevem o capítulo final da Copa do Brasil 2013, a partir das 21h50m (de Brasília). E caberá ao lateral-direito ou ao meia a honra de erguer a taça, o passaporte para a próxima Libertadores da América.
Ambos contrariaram previsões e ignoraram o tempo para viver esse momento. Léo tem 35 anos, tem seis títulos pelo Rubro-Negro no currículo, inclusive a Copa do Brasil de 2006, mas jamais ergueu um troféu com a braçadeira. Depois de um 2012 difícil, foi olhado com desconfiança mesmo pelo torcedor mais grato ao que o camisa 2 já fez pelo clube. Na reta final da atual temporada, cresceu, livrou-se de problemas físicos e tornou-se decisivo na campanha que tenta o tricampeonato. Com contrato até 31 de dezembro, espera o título e a renovação.
– É uma vitóra pessoal muito grande. Esse momento que estou vivendo aqui é tremendo, especial demais por tudo que aconteceu no ano passado, as lesões. Esse ano consegui crescer durante o campeonato. Tenho tido sucesso. Tenho que agradecer aos companhieros, foram as principais peças que me motivaram. Eles me ajudaram a voltar a jogar bem. Cada um acreditou em mim de forma especial. Acredito que assim como eu, o Baier é um cara que se cuida bastante, usa experiência em campo – disse Léo Moura.
Paulo Baier, de 39, maior artilheiro da era dos pontos corridos do Brasileirão, com 101 gols, conduz o Furacão, que chega pela primeira vez à final da competição. É líder e busca seu primeiro título nacional na elite do futebol brasileiro. A diretoria, que chegou a cogitar não renovar o contrato do vetereno, não suportou a pressão do grupo e dos torcedores e ampliou o vínculo. Com mais um ano de carreira pela frente, Baier pretende alcançar sua conquista mais expressiva antes de a aposentadoria chegar. É a busca pelo tão famoso final feliz.
– Seria muito importante para mim, em final de carreira, tendo mais um ano de contrato… Ter um título assim pelo clube seria uma coisa marcante, importante também para a minha carreira – afirmou.
O Flamengo está em vantagem depois do placar de 1 a 1 no Durival Britto, em Curitiba, semana passada. O empate sem gols dá ao título aos cariocas. Um novo 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis. Empates a partir de 2 a 2 dão o título ao Atlético-PR. Se houver um vencedor nos 90 minutos, por qualquer placar, este será o campeão.
Do globoesporte.com