Mais de 400 mil foram assassinados no mundo em 2012, aponta ONU
Das 437 mil mortes, 80% eram homens, assim como 95% dos autores.
Brasil respondeu por 11% dos homicídios no mundo.
Mais de 400 mil pessoas, em sua maioria homens, foram assassinadas no mundo em 2012, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Escritório sobre Drogas e Crime das Nações Unidas (UNODC, na sigla em inglês).
O relatório intitulado “Estudo Global sobre o Homicídio 2013”, apresentado em Londres, a UNODC revela que das 437 mil pessoas assassinadas há dois anos, 80% eram homens – 95% dos autores dos crimes também eram do sexo masculino.
O documento mostra ainda que um em cada dez homicídios (11%) registrados em 2012 aconteceu no Brasil, segundo relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançado mundialmente nesta quinta-feira (10).
De acordo com o “Estudo Global sobre o Homicídio 2013”, que traz dados relativos ao ano de 2012, o Brasil teve 50.108 homicídios, o que representa pouco mais de 11% de todos os 437 mil assassinatos cometidos no mundo.
Segundo a ONU, o Brasil mantém uma taxa estável de homicídios no panorama geral –em 2012, esse número foi de 25,1 homicídios dolosos por 100 mil habitantes. Mas a entidade diz que um olhar mais atento aos números mostra disparidades gritantes entre as diferentes regiões do país.
Enquanto nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo o número de homicídios tem caído, no Norte e no Nordeste do país eles cresceram. Na Paraíba, de acordo com o relatório, o aumento foi de 150%. Na Bahia, nos últimos dois anos o número de mortes violentes cresceu 75%.
No Nordeste, apenas um estado viu cair o seu número de homicídios: Pernambuco, que apresentou queda de 38,1%.
Homem é quem mais mata e mais morre
“Há uma necessidade urgente de entender como o crime violento está afetando países de todo o mundo, particularmente homens jovens e também as mulheres”, afirmou o diretor de Análise de Políticas e Assuntos Públicos do órgão, Jean-Luc Lemahieu.
Do total de mortes, 15% (63 mil) ocorreram devido a violência doméstica, sendo que nesse caso 70% (43.600) das vítimas eram mulheres.
Mais da metade das vítimas de homicídio proposital tinham menos de 30 anos, e 8% eram crianças menores de 15 anos (36.000), informa a UNODC, que indica que a maioria das mortes foram registradas nas Américas e na África, onde vivem quase 750 milhões de pessoas.
América Central e Sul da África entre as mais violentas
As regiões mais violentas do mundo em 2012, segundo o estudo, foram a América Central e o sul da África, onde a proporção de assassinatos é de 26 e 30 para cada 100.000 habitantes, respectivamente. A média mundial é de 6,2 para 100.000 pessoas.
Com números de assassinatos cinco vezes mais baixos que a média mundial, os lugares menos violentos do planeta em 2012 foram o Leste da Ásia e o sul e oeste da Europa, enquanto o norte e o leste da África e partes do sul da Ásia apresentam uma preocupante tendência crescente devido à instabilidade social.
Os homicídios vinculados a grupos de crime organizado representaram 30% das mortes violentas nas Américas, contra 1% em Ásia, Europa e Oceania.
“Há uma necessidade urgente de entender como o crime violento está afetando países de todo o mundo, particularmente homens jovens e também as mulheres”, afirmou o diretor de Análise de Políticas e Assuntos Públicos do órgão, Jean-Luc Lemahieu.
Do total de mortes, 15% (63 mil) ocorreram devido a violência doméstica, sendo que nesse caso 70% (43.600) das vítimas eram mulheres.
Mais da metade das vítimas de homicídio proposital tinham menos de 30 anos, e 8% eram crianças menores de 15 anos (36.000), informa a UNODC, que indica que a maioria das mortes foram registradas nas Américas e na África, onde vivem quase 750 milhões de pessoas.