Secretário de Saúde admite limitações e se compromete a melhorar a questão de marcação de exames no município
No Debate das Dez de hoje o secretário de saúde do município de Afogados da Ingazeira, Artur Belarmino, a coordenadora do setor de epidemiologia Madalena Brito e representando os agentes de saúde, Auxiliadora. Em pauta várias questões ligadas à saúde. Funcionamento da UPA-E, campanha de vacinação contra gripe, atendimento nas UBSs e a marcação de exames foram alguns temas debatidos.
Questionado sobre o funcionamento da UPA-E, Berlamino disse que diante as consultas e exames oferecidos na Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPA-E) já se tem motivos para a Secretaria comemorar.
“Nesse primeiro mês realizamos 314 consultas entre as diversas especialidades oferecidas lá, então são 314 consultas a mais que o município de Afogados da Ingazeira ofereceu à população”, informou Belarmino.
Em relação aos exames na UPA-E, Belarmino falou que esse é um dialogo permanente que a Secretaria vem tendo com a diretoria da Unidade e diante de um cronograma especifico para que se possa estar trazendo especialistas, as dificuldades estarão sempre impostas, já que tem que ser levado em consideração a distância do município de Afogados para a capital, mas que as especialidades que a UPA hoje oferece vem cumprindo com a sua carga horária e tem atendido a demanda.
“Temos certeza que hoje não funcionamos com cem por cento da capacidade instalada da própria unidade, mas a partir do momento que se foi feito um plano, uma organização para que esse percentual fosse aumentado assim como o número de especialistas também, a gente acredita que nos próximos três ou quatro meses possamos atingir uma capacidade maior de atendimento. Não descartando as dificuldades, porque já se sabe que pra vir especialistas para essa região se tem uma grande dificuldade”, destacou Belarmino.
Em relação às especialidades com mais dificuldade de se conseguir trazer para atender no município, Belarmino citou as áreas de: neurologia, psiquiatria infantil, reumatologia e disse que mais algumas especialidades pontuais que vai tendo dificuldades para trazer ao município.
Belarmino disse que o advento da UPA-E traz uma margem de segurança para os municípios que fazem parte da X Geres, porque ganha-se um poder de conversa e barganha muito melhor do que os municípios para trazer algumas especialidades e deu como exemplo as especialidades de otorrino, grastroenterologista e dermatologista, que se tinha uma grande dificuldade em encontrar com valores acessíveis para que se pudesse contratar pelo município, já a UPA-E conseguiu.
“A gente ganhou um reforço a mais pra poder estar oferecendo consultas e exames especializados aqui na região através dessa Unidade de Pronto Atendimento”, falou Belarmino.
Mais uma vez a questão da marcação de exames foi altamente questionada pela população que participou ativamente do Debate.
Belarmino disse que o problema é como ele já havia dito em debates anteriores, que existe uma demanda maior que a oferta” e falou sobre o protocolo de acesso.
“Nesse protocolo de acesso é importante que a gente entenda que quem faz a gestão da qualificação do risco na unidade, são os profissionais da mesma, quem vai dizer qual é o caso que vai ser atendido primeiro ou não é o (a) próprio (a) médico (a) e própria equipe multidisciplinar da UBS, a gente tem essa caracterização. Agora saliento que a demanda é maior que a oferta e ai a gente tem uma deficiência sim, de oferecer um quantitativo de consultas e exames especializados que atendam a toda a demanda do município, esse é um problema que a Secretaria de Saúde enfrenta e que a gente vem trabalhando para corrigir”, falou Belarmino.
Belarmino ainda respondeu a demandas da população relacionadas à Casa de Apoio em Recife, apreensão de animais, humanização no atendimento e ficou de tentar melhorar o atendimento relacionado à marcação de exames no prazo de seis meses.
Ouça abaixo o Debate na íntegra: