Polícia Comunitária – Uma experiência exitosa do 23º BPM
Em Afogados da Ingazeira, o 23º BPM tem tido uma experiência que poderia ser seguida em outros batalhões como em Serra Talhada. O trabalho de Polícia Comunitária tem como finalidade reduzir os índices, já estáveis, de criminalidade em Afogados, agora sob coordenação do comandante, Major Barreto.
Hoje (06) nos estúdios da Pajeú os representantes do 23º Batalhão de Polícia Militar, Capitão Ivaldo da 1ª Cia Afogados da Ingazeira, Capitão Antônio Carlos da 2ª Cia Tabira e Capitã Mirelly da 3ª Cia São José do Egito. Falaram sobre as suas experiências com o projeto. Como tem sido a receptividade e de que forma a população está agregando no projeto.
Capitão Ivaldo falou que tem sofrido muito por falta de efetivo, mas como gestor de Segurança Pública é preciso achar meios de solucionar ou diminuir esses índices de criminalidade. “Aqui em Afogados da Ingazeira estamos completando 05 meses sem homicídios e a redução da violência está bem maior”, disse Ivaldo. Ivaldo disse que isso pode ser constatado nas reuniões com a população, pois houve uma grande redução nas queixas e aumento nos elogios.
“Essa proximidade da comunidade com a policia é o que a gente pode atribuir para a contribuição desta redução. Com a ajuda da comunidade a gente pode direcionar para a localidade solicitada pela comunidade. Hoje as informações são repassadas com riquezas de detalhes e isso ajuda muito”.
Ivaldo falou que as reuniões são de suma importância, pois é nelas que a comunidade mostra quais são os setores com maior vulnerabilidade.
Sobre os problemas constatados na Praça Arruda Câmara, Ivaldo disse que juntamente com a Guarda Civil já está sendo traçado alguns objetivos e algumas metas para coibir esses pequenos delitos que estão acontecendo lá.
Mais uma vez a opção do toque de recolher voltou a ser levantada como um meio para resolver o problema dos menores que estão se envolvendo com drogas e pequenos delitos, tendo principalmente como ponto de concentração a Praça Arruda Câmara.
O Capitão Antônio Carlos da 2ª Cia de Tabira informou que o trabalho de Polícia Comunitária está sendo desenvolvido em toda a área do batalhão
“Nessa sistemática no sentido de otimizar onde tem essa dinâmica de lançar o policiamento nas horas em que a comunidade está relatando a incidência de ocorrência e Tabira também não está fugindo dessa regra, estamos nos reunindo com a comunidade, ouvindo a comunidade, estamos com um projeto de intervenção nas ocorrências de Maria da Penha, vinculadas na questão de violência doméstica, onde o policiamento está fazendo visitas constantes nesses locais onde tem as incidências de ocorrências com o intuito de coibir, para que a situação não se torne mais grave”, falou Antônio Carlos.
A Capitã Mirelly disse que essa dinâmica é o projeto do novo comando do batalhão, mas ressaltou. “Apesar que antes a gente já vinha dando início as essas ações de parceria entre Polícia Militar e comunidade, acreditando que dá certo, a partir do momento que temos uma aproximação maior com a população, sem dúvidas a gente ganha maior credibilidade, quebra barreiras entre polícia e população e isso faz com que se tenha uma troca de informações, a gente passa a conhecer melhor a problemática do lugar, do bairro, daquela comunidade”, disse Mirelly.
Mirelly disse que mesmo não tenho ainda São José do Egito um efetivo específico voltado à Polícia Comunitária, as reuniões acontecem. “A gente participa, existe o conselho de segurança do município, no qual participam o presidente da CDL, Rotary, a população, lideres, representantes da Prefeitura, Polícia Civil, Polícia Militar e a gente, debate, discute as ocorrências mais corriqueiras e trabalha nesse sentido de aproximação”.
Mirelly disse também que o município por ser fronteira com a Paraíba, possui características peculiares e que tem um problema grave que vem se estendendo aos outros municípios que é a questão das drogas, tanto o tráfico como o consumo.
“Eu acredito que quase 100% dos problemas de segurança que ocorrem em São José do Egito estão relacionados ao tráfico e ao consumo de drogas infelizmente a região é muito vulnerável, mas a gente tem feito reuniões temos uma ligação muito boa com a comunidade, eu recebo ligações no meu telefone particular o tempo inteiro da população fazendo denúncias, ajudando, colaborando e se isso não acontecer o nosso trabalho não se efetiva, não se chega ao objetivo que a gente quer que é realmente proporcionar a segurança e tentar coibir os crimes, a venda e o consumo de drogas na região”, disse Mirelly.
Outros pontos sobre Segurança Pública foram tratados e discutidos durante o debate, os quais podem ser ouvidos no áudio do debate que se encontra na íntegra logo abaixo: