No adeus à Copa em PE, turistas elogiam receptividade, clima e praias

Apesar de elogios, eles reclamaram de trânsito lento e ruas vazias à noite.
Arena Pernambuco, que recebeu o último jogo neste domingo, foi aprovada.

Os turistas se despedem de Pernambuco após assistirem a partida entre Costa Rica e Grécia, na Arena Pernambuco, neste domingo (29), com boas e ruins experiências na bagagem. A receptividade do povo, o clima, as comidas e as praias ficaram guardados na memória e superaram as más impressões provocadas pelo trânsito lento e a sensação de perigo das ruas vazias à noite. O novo estádio, que recebeu o último jogo desta Copa, também foi elogiado.

O mexicano Armando Lopes comparou Recife com a Cidade do México de há 20 anos. “É mais calmo, tranquilo, sinto uma vida mais simples aqui, com pessoas muito amigáveis. A Arena de vocês também é muito bonita”, disse. O peruano Ernesto Oliveira também sai com uma boa impressão. “É uma cidade muito bela. Eu moro atualmente nos Estados Unidos e provei as churrascarias daqui, que são melhores, com carnes mais gostosas”, comentou.

Visitar o Brasil era o sonho do japonês Kingo Matsubayasli, que passou por Rio de Janeiro, Natal, São Paulo e duas vezes em Pernambuco. “O povo brasileiro é muito amável, isso é o melhor. No Recife, não consegui achar boates, que eu adoro, pois faço novas amizades. Também me senti um pouco inseguro aqui, pois as ruas ficam vazias à noite, com as pessoas nos shoppings. Agora, uma coisa que gostei muito foi a picanha. Eu acho a culinária do Japão a melhor, mas a picanha é realmente muito boa”, apontou.

O nova-iorquino Mateo Trav ficou hospedado cinco dias em Porto de Galinhas, no Litoral Sul do estado, onde experimentou peixes e frutos do mar. “O cenário de lá também é muito bonito, com pessoas legais, uma ‘vibe’ de muito entusiasmo. A pior experiência foi o trânsito para ir ao jogo dos Estados Unidos [contra a Alemanha, na última quinta, 26], estava lento e demoramos, de ônibus, mais de três horas para chegar à Arena”, disse.

O também norte-americano Jeff Myers ficou por seis dias em Pernambuco, com os três filhos, e contou que aproveitou bastante o estilo de vida recifense.

“Achei interessante ter, num mesmo lugar, praia e lugar histórico, como era onde ficava a Fan Fest [no Bairro do Recife]. Curtimos a praia durante o dia e depois fomos a bares de lá durante à noite. Meus filhos mais velhos têm 19 e 18 anos e adoraram a idade para beber, no Brasil, ser de apenas 18 [nos EUA, é a partir dos 21 anos]”, riu Jeff. Ele disse que vai levar para casa um novo prato favorito, a tapioca. “Pensei que ia ser sem gosto, só um negócio branco, mas na verdade tem bastante sabor”, comentou.

Os colombianos Andres, Nicolas e Diego também provaram um pouco da comida local. “Chegamos hoje [domingo] pela manhã e pedimos para o taxista nos levar para um restaurante típico. A comida era pesada, mas foi bom porque estamos sem comer desde então, mas nem parece”, revelou Andres.

O norte-americano Dan Bode, entretanto, não gostou muito da culinária pernambucana. “Provei tapioca e não curti, não é muito meu gosto. Prefiro umas frituras”, afirmou. Por isso, ele adorou um peixe que comeu em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. “Foi uma das melhores coisas que comi. Era um peixe pequeno e só levava limão. Muito bom”, falou Bode. Ele estava se referindo a uma sardinha frita.

Já os irmãos James e Addie Miller não chegaram a provar algo típico, mas puderam presenciar uma dança de capoeira ao vivo. “Não sei se é luta ou dança, mas é incrível. Parece que é tudo planejado, mas não é”, disse James. Entretanto, a coisa favorita deles na sua estadia no Brasil foi a caipirinha. “Extremamente refrescante. Tirando na quinta [26], que choveu bastante, foi um calor aqui, aí sempre tomávamos o drinque brasileiro.”

E não foram apenas os estrangeiros que elogiaram o desempenho do estado na competição. “Achei tudo muito organizado, tanto para vir, como para entrar, com pessoas bem informadas. Só o bar que deixa um pouco a desejar. Acredito que a Copa foi boa para o turismo em Pernambuco, para mostrar um Brasil que muitos turistas não conhecem”, opinou.

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