Últimas chuvas ainda não conseguiram mudar o cenário da maioria dos mananciais da região
Com as últimas chuvas que caíram na região, apenas um reservatório conseguiu volume suficiente para retomada da distribuição e fim do colapso: É A Barragem Nossa Senhora de Lourdes, em Solidão, que pelo volume recebido com as últimas chuvas favorece a operacionalização da Compesa. A Barragem tem capacidade para 1,5 milhão de metros cúbicos e conseguiu volume médio de 15%.
A Barragem de Borborema (Tabira) também recebeu bom volume de água, mas é tida como de menor porte, abastecendo a comunidade de mesmo nome.
A Barragem de Brotas, que recebeu algum volume, ganhou cerca de 5 centímetros de lâmina d’água. Segundo Washington Jordão, da Compesa, com isso ela recuperou o que havia perdido no mês de fevereiro com consumo e evaporação. A barragem tem hoje 15% de sua capacidade.
Santa Terezinha, a cidade com situação mais confortável no Alto Pajeú e que recebeu mais chuvas até agora mantém o quadro de armazenamento que lhe garanta mais 7 a 8 meses de distribuição, graças a água nas barragens de Tigre e Zé Antonio.
Pelo contrário, as cidades de Itapetim e Brejinho, que dependem de carro pipa não tiveram nenhum acréscimo nas barragens de Caramuquiqui, Boa Vista e Mãe D’água. Continuam dependendo de carros-pipa.
Rosário pegou um volume tão pequeno que não muda a grave realidade de pré-colapso que preocupa Iguaraci, Jabitacá, Tuparetama, Ingazeira e São José do Egito. A barragem está hoje com cerca de 3,5% de sua capacidade. A Barragem do Chinelo (Carnaíba) entrou no colapso total.
Colapso total: Assim, estão com zero por cento de capacidade Boa Vista (Itapetim), Caramucuqui (Itapetim), Mae D’água (Itapetim), Serraria (Brejinho), São José I (São José do Egito), Chinelo (Carnaíba), Poção (Jabitacá) e Lage do Gato (Ibitiranga).
Para cidades como Serra Talhada, Calumbi, Carnaíba, Tabira e Afogados da Ingazeira, a salvação continua sendo a Adutora do Pajeú, que até agora tem fornecido água sem grandes interrupções, apesar da situação preocupante do Rio São Francisco. As poucas interrupções tem sido verificadas por conta de quedas de energia, comuns em períodos de chuva.