Fla leva gol de barriga, muda tudo, até uniforme, e vence Volta Redonda de virada

O Flamengo sofreu um gol de barriga que lembrou 1995. Mas mudou tudo, do time ao uniforme, e venceu, de virada, o Volta Redonda por 2 a 1 no Maracanã. Henrique fez o gol de barriga. Paulinho e Alecsandro entraram no segundo tempo e fizeram os gols da virada.

O resultado levou o Rubro-Negro à vice-liderança do Carioca, com 20 pontos, dois atás do Botafogo. O time, no entanto, tem um jogo a mais do que Vasco e Fluminense, que podem superar o time, já que jogam nesta quinta.

O Madureira caiu para sexto lugar, com 17 pontos. Na próxima rodada, o Flamengo encara o Tigres, sábado, às 16h, em Los Larios. Já o Volta Redonda enfrenta o Bonsucesso, domingo, em Edson Passos.

O jogo

O início do Flamengo foi até animador para os poucos torcedores que compareceram ao Maracanã. Movimentação intensa, troca de passes entre o trio Marcelo Cirino, Gabriel e Eduardo da Silva. Mas o time só cercava o Volta Redonda.

Tanto que a primeira chance chegou em cruzamento de Canteros para Eduardo da Silva, na área. O croata cabeceou e assustou o goleiro Douglas. Mas o Volta Redonda esperava uma bobeira para sair no contra-ataque. E ela veio aos 18 minutos.

Kayo roubou bola no meio de campo e lançou Niltinho. Rápido, o camisa 10 gingou na frente de Wallace e chutou de fora da área. A bola carimbou a trave direita de Paulo Victor e, no rebote, Henrique vinha no embalo e tocou de barriga para o fundo da rede. 1 a 0.

Gol de barriga, camisa Papagaio Vintém, Vanderlei Luxemburgo no banco de reservas. Um momento retrô no Maracanã remetia ao histórico Fla-Flu de 1995, com o famoso gol do tricolor Renato Gaúcho. A partir daí, o Flamengo se perdeu. Canteros e, principalmente, Mugni, pouco apareciam. Eram vaiados.

Ainda assim, aos 36 minutos o Flamengo quase empatou, com Gabriel, que entrou na área pela equerda e tocou na saída do goleiro. Mas a zaga afastou e impediu o gol rubro-negro. Aos 47 minutos, Gabriel fez boa jogada na frente da área e rolou para Mugni, que bateu por cima do gol. E o Flamengo desceu para o vestiário derrotado e vaiado pela torcida. Mas no segundo tempo tudo mudou. Tudo mesmo.

Até as camisas. O Volta Redonda voltou de branco e o Flamengo deixou a terceira camisa, considerada azarada, de lado, e trajou o primeiro uniforme. E, claro, fez mudanças no time. Saíram Lucas Mugni e Eduardo da Silva para as entradas de Paulinho e Alecsandro. Melhorou.

Paulinho, de volta de lesão a um jogo oficial após meses, estava elétrico na esquerda. Alecsandro, na área, dava referência. Cirino pela direita. Gabriel, flutuante atrás, pelo meio. E o Flamengo dominou o meio de campo e, consequentemente, a partida. Tanto domínio e o gol não tardou.

Com dez minutos, Marcelo Cirino tentou o arremate na entrada da área e a bola foi prensada pela zaga. Na sobra, Paulinho, também na entrada da área, encheu o pé direito e bateu bonito, sem chances para Douglas. Belo gol. 1 a 1.

Paulinho estava mesmo elétrico. Para lá e para cá. Não parava. Aos 20 minutos, recebeu lançamento de Pará, sozinho na grande área. De tão livre, cabeceou para fora e perdeu gol feito. Xingou a si mesmo. Um minuto depois, em novo lance na área, ele tocou na trave esquerda de Douglas.

Parecia um jogo à parte, entre Paulinho e Douglas. Aos 27 minutos, o atacate chutou de longe, mas Douglas espalmou, no meio do gol. Faltava fôlego ao Volta Redonda, que passou a mudar. Magnum, experiente meia, entrou em campo para tentar voltar a fazer do time combativo. Mas era um jogo de ataque contra a defesa

O Flamengo martelava, martelava. O gol sairia em algum momento. E ele chegou aos 40 minutos do segundo tempo. Luiz Antonio invadiu a área pela direita e rolou para o centro, onde Alecsandro, entre os zagueiros e em posição duvidosa, apenas escorou para o fim do gol. Mudou tudo. De uniforme novo, com as mexidas de Luxemburgo, o Flamengo saiu da derrota para a vitória no Maracanã.

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