Chefe da Sauber apoia Mosley por teto orçamentário e sugere ‘Revolução Francesa’

Max Mosley reacendeu nesta semana o debate sobre um teto orçamentário para as escuderias da Fórmula 1, que seria contrapartida de uma diminuição de exigências relacionadas à mecânica dos carros. A chefe de equipe da Sauber, Monisha Kaltenborn, concordou com o ex-presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e expressou apoio à regulamentação financeira da categoria.

“Como equipe, nós sempre apoiamos que o teto orçamentário é o único caminho sensato a seguir. Isso te dá uma ideia positiva de quanto você deve gastar para a temporada. Com a ideia de Max (Mosley), ele fez tudo que pode para valorizar o desafio técnico e de engenharia (da F-1)”, disse Kaltenborn à Autosport.

A chefe da Sauber ainda vai além e fala em uma grande transformação política. Para ela, a regulamentação do teto orçamentário por parte da FIA contribuiria para a promoção da igualdade na Fórmula 1, diminuindo a diferença de desempenho entre as equipes mais ricas e as menos endinheiradas.

“Esse tipo de visão deixa claro para mim que talvez nós precisemos de uma espécie de Revolução Francesa no esporte, pois esta também teve tudo a ver, em sua época, com liberdade e igualdade. Talvez seja mesmo a hora de uma Revolução Francesa”, afirmou a executiva, fazendo referência à revolta iniciada pelo povo francês em 1789 para derrubar a monarquia absolutista no país, sob lema de “liberdade, igualdade e traternidade”.

Apesar de ter sido descartado nas discussões do ano passado, o teto orçamentário deve voltar a ser pauta na reunião do Grupo de Estratégia da Fórmula 1, em 14 de maio, em encontro que discute possíveis mudanças na categoria.

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