Patriota se solidariza com prefeito do Recife
O presidente da Amupe, José Patriota, prefeito de Afogados da Ingazeira, divulgou, ontem, uma nota de solidariedade ao prefeito do Recife, Geraldo Júlio, pela invasão dos manifestantes do Ocupe Estelita ao prédio em que reside, ao mesmo tempo em que reafirma apoio ao projeto Novo Recife. Veja nota:
A Associação Municipalista de Pernambuco vem de público manifestar sua solidariedade ao prefeito Geraldo Júlio, associado da instituição, na questão do Cais Estelita. É fato que a venda do terreno para construção e aprovação das 13 torres foi realizada em período bem anterior ao da atual gestão, mesmo assim o prefeito Geraldo Júlio não se furtou a sua responsabilidade de gestor preocupado com o bem estar da população. Desta forma, queremos destacar alguns pontos:
– Percebendo o dano do projeto original para a cidade o prefeito Geraldo Júlio reabriu o debate, realizando seis reuniões com o movimento Ocupe Estelita, Crea, empresários da construção civil, representantes das universidades e outras entidades. Além disso, realizou quatro audiências públicas abertas à população. Dessas audiências e do espaço aberto no site da prefeitura vieram mais de 280 propostas e que 80% delas foram aproveitadas na reformulação do projeto.
– Depois das alterações exigidas por Geraldo o projeto pulou de apenas 35% de área pública para 65% aberto a toda população. Inclusive, o novo Plano Urbanístico aprovado por Geraldo para o Cais de Santa Rita, Estelita e Cabanga proíbe muros e grades, deixando o terreno do Estelita completamente aberto para o fluxo de pessoas das comunidades que moram atrás.
– Foi dobrado número de ruas públicas dentro do terreno previstas originalmente no projeto, permitindo maior fluidez e permeabilidade do tráfego.
– O prefeito Geraldo Júlio exigiu como contrapartida das empreiteiras a construção de 200 unidades de habitação populares com distância máxima de 300 metros do terreno e exigiu a demolição do viaduto que separa o Cais José Estelita do Cais de Santa Rita, devolvendo à cidade a vista do belíssimo Forte das Cinco Pontas. A altura dos prédios próximos aos prédios tombados da área foi reduzida em 2/3.
Por tudo isso, entendemos que o diálogo foi aberto e vários fatores foram considerados, respeitando o democrático direito de toda a população de opinar nas questões urbanísticas, de mobilidade e que têm como premissa a melhoria da qualidade de vida das pessoas.