Com gols a jato e dose de sofrimento, Inter sai à frente do Tigres na semifinal
O Inter, definitivamente, está obcecado pelo tricampeonato da Libertadores. Para chegar lá, seria preciso jogar como se não houvesse amanhã e marcar dois gols em nove minutos? Seria preciso contar com um goleiro milagreiro? Seria, ainda, necessário vaiar um dos maiores ídolos recentes da história do clube? Não há problema. O time de Diego Aguirre, que assistiu ao duelo contra a equipe de Rafael Sobis de camarote por suspensão, tem tudo isso. E agora tem a vantagem para o jogo da volta. Na noite desta quarta-feira, o Beira-Rio rugiu mais do que o Tigres para a vitória de 2 a 1, que permite o empate na próxima semana em Monterrey. D’Ale e Valdívia anotaram no início da partida e Ayala, depois expulso, diminuiu.
Para se classificar à final, portanto, o Inter precisa de qualquer empate na quarta-feira, em solo mexicano. Também avança com vitória por um gol de diferença a partir de 3 a 2. Se o Tigres vencer por 1 a 0, se classifica. Caso devolva o 2 a 1, vai a pênalti. Na terça, o River Plate largou em vantagem na outra semifinal, ao bater o Guaraní, do Paraguai, por 2 a 0, em Buenos Aires.
O Tigres, no entanto, pareceu não se assustar. Aos poucos, começou a se encontrar em campo. O lateral Torres era o único que seguia falhando. De resto, os mexicanos melhoraram, a ponto de, aos 24 minutos, descontarem. Rafael Sobis cruzou na cabeça de Ayala. A partir daí, começou um novo jogo. O Tigres passou a colecionar chances de gol. As mais claras foram com Sobis e o famoso francês Gignac. Alisson salvou com defesas fantásticas. .
Por falar em Sobis, a torcida do Inter deu um tempo na idolatria em nome do tricampeonato. Protagonista dos dois títulos da Libertadores em 2006 e 2010, foi vaiado no aquecimento e ainda mais durante a bola rolando. Diante do início trepidante do Colorado, o atacante se irritou e chegou a discutir com D’Ale e Geferson. Depois, resolveu fazer o que melhor sabe, jogar futebol. E devolveu as vaias com assistência para o primeiro gol mexicano.
No segundo tempo, Sobis pouco fez – e também seria substituído no final com novos apupos. Na verdade, o ritmo diminui bastante. Se o Tigres sonhava em empatar, tudo ruiu aos 12 minutos, com justa expulsão de Ayala. A partir daí, o jogo voltou a ficar à feição do Inter. Lisandro López perdeu duas ótimas chances aos 28 minutos. Poderia ter ampliado a vantagem. No final, todavia, o Beira-Rio apagou suas luzes com a sensação de que qualquer vantagem é vantagem em se tratando de Libertadores.