Criação de empregos formais sobe 41,6% em outubro, para 94 mil vagas
Outubro foi o 3º mês seguido de alta contra com o mesmo mês de 2012.
No ano, foram abertas 1,46 milhão de vagas, com crescimento de 18,29%.
A criação de empregos com carteira assinada voltou a crescer em outubro. Segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram abertas 94.893 vagas formais no mês passado. O número depresenta uma alta de 41,65% na comparação com o mesmo mês de 2012, quando foram abertos 66.988 postos.
De acordo com os dados, divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho, outubro foi o terceiro mês seguido de alta na comparação com o mesmo mês de 2012.
Apesar do crescimento frente a outubro do ano passado, a criação de empregos formais ficou abaixo do mesmo mês de 2009 (230.956), 2010 (204.804) e, também, 2011 (126.143). Desde 2003, somente em quatro anos a criação de vagas formais, nos meses de outubro, ficou abaixo de 100 mil (2003, 2008, 2012 e 2013).
Acumulado do ano ultrapassa 2012
No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, ainda de acordo com informações do Ministério do Trabalho, a geração de empregos formais somou 1,46 milhão de vagas formais.
Isso representa um aumento de 18,29% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram criadas 1,23 milhão de vagas. O recorde para os dez primeiros meses de um ano foi registrado em 2010 (2,47 milhões de empregos formais abertos).
Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2013, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de setembro). Os dados de outubro ainda são considerados sem ajuste.
Crise financeira
A criação de empregos formais neste ano ainda está influenciada pela crise financeira internacional, que ainda tem mostrado efeitos na Europa, ao mesmo tempo em que a China tem registrado expansão inferior aos últimos anos. Nos Estados Unidos, há sinais de uma pequena aceleração da economia.
No Brasil, por sua vez, o governo adotou uma série de medidas para tentar estimular a economia no ano passado, com reflexos em 2013, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos, a redução do IOF para empréstimos de pessoas físicas e a desoneração da linha branca e dos automóveis – entre outros.
Entretanto, já teve de reverter algumas medidas – como a queda de juros que prevaleceu em 2012 – para combater a inflação. Neste ano, os juros já subiram em cinco oportunidades, para 9,5% ao ano. Além disso, a retirada de estímulos ao crescimento nos EUA gerou aumento do dólar no Brasil, em relação ao patamar registrado até maio – quando estava em R$ 2.
Setores da economia
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos dez primeiros meses deste ano, com 594.307 postos abertos (contra 644.155 no mesmo período do ano passado), ao mesmo tempo em que a indústria de transformação foi responsável pela contratação de 320.386 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a outubro do ano passado, a indústria abriu 76.666 vagas.
A construção civil, por sua vez, regsitrou a abertura 207.787 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a outubro deste ano, contra 138.799 vagas no mesmo período de 2012. Já o setor agrícola gerou 104.292 empregos nos dez primeiros meses deste ano (contra 2.995 no mesmo período de 2012), enquanto o comércio abriu 184.735 vagas formais de janeiro a outubro de 2013 (contra 352.642 vagas abertas nos nove primeiros meses de 2012).
Distribuição geográfica dos empregos
Por regiões do país, ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, o destaque ficou por conta do Sudeste, com 697.228 postos formais abertos nos dez primeiros meses de 2013. Em segundo lugar, aparece a região Sul, com a abertura de 333.494 vagas com carteira.
A região Centro-Oeste, por sua vez, abriu 184.762 postos de trabalho de janeiro a outubro. Já a região Nordeste criou 173.682 vagas formais nos nove primeiros meses deste ano, enquanto que o Norte abriu 75.291 empregos com carteira assinada no mesmo período.
Do G1