Interventor bota o vice-prefeito de Gravatá para trabalhar

Do blog do Inaldo Sampaio

Recebendo salário há quase quatro anos apenas pelo cargo que ocupa, o vice-prefeito de Gravatá, Rafael Prequé (PRB), agora vai ter que trabalhar sob pena de ter a remuneração suspensa. 

O ultimato foi dado pelo interventor Mário Cavalcanti, segundo quem o vice-prefeito nunca deu um dia de serviço ao município. Rompeu com o prefeito (eleito em 2012) Bruno Martiniano logo no início da gestão, o prefeito depois foi afastado por um ato de intervenção do Governo do Estado e o vice continuou sem trabalhar. 

Nesta segunda-feira, o interventor convocou o vice ao seu gabinete para dar-lhe uma tarefa: elaborar um estudo sobre a municipalização do trânsito. Caso se negue a fazer o serviço, terá a remuneração suspensa. 

Frente a frente para o vice, o interventor declarou o seguinte: “Eu não vim aqui para fazer política. Eu vim designado pelo governador, mediante decisão da Justiça. A tolerância que a gente está tendo com o senhor (Prequé) não foi correspondida. O senhor ganha um dos maiores salários da prefeitura (mais de R$ 10 mil reais) e nós não temos tido a contrapartida. A gente não pode mais tolerar isso. Então, o senhor vai ter que cumprir expediente na prefeitura e vai receber uma missão digna. Nós precisamos municipalizar esse trânsito e vamos lhe dar essa missão. De início, colher subsídios em algumas cidades como Arcoverde e Petrolina”. 

O vice se exaltou diante da “ordem” do interventor e começou a falar alto. Mas, ao final da conversa, disse que analisará a “missão” recebida. E, mesmo a contragosto, assinou, com as mãos trêmulas, o ofício que o convocou para trabalhar. Gravatá tem três candidatos competitivos à prefeitura: Joaquim Neto (PSDB), Fernando Rezende (PR) e João Paulo (PSB).

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