Afogados da Ingazeira comemorou dez anos do programa Arca das Letras

Há dez anos atrás, em um Dezembro ensolarado como só o Pajeú sabe nos presentear, o então Ministro da Cultura, Gilberto Gil, desembarcava em Afogados da Ingazeira para anunciar um sonho: levar conhecimento e cultura através dos livros para as comunidades rurais do Brasil. Estava lançada, na comunidade quilombola do Leitão, as bases para o programa Arca das Letras.

Afogados da Ingazeira foi o primeiro município do Brasil a receber uma Arca das Letras. Hoje, passados dez anos, o programa atende a mais de dois mil municípios, com dez mil arcas distribuídas e 17 mil agentes de leitura espalhados pelo País. Cada arca contém um acervo com 230 volumes, dentre revistas, gibis e livros didáticos, paradidáticos, infanto-juvenis, técnicos e infantis. Por sugestão do Presidente da Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira, Augusto Martins, foi realizada, ontem (12) à noite, uma sessão solene comemorativa aos dez anos do Programa. Além do Presidente, participaram da sessão os vereadores Luiz Bizorão, Raimundo Lima, José Carlos, Antonieta Guimarães e o Prefeito de Afogados, José Patriota. Raquel Santori, chefe de gabinete do Secretário Nacional de Reordenamento Agrário, Ademar Almeida, representou o Governo Federal. Sindicato de Trabalhadores Rurais de Afogados, FETAPE, Centro Dom Hélder, IPA e Diaconia, foram algumas das instituições presentes. O Promotor Lúcio Luiz de Almeida representou o Ministério Público de Pernambuco. Um dos homenageados da noite foi o líder sindical Sebastião José da Silva. Morador da comunidade do Leitão, ele foi o primeiro agente de leitura do Brasil.

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