PM fecha sentido Centro da Radial Oeste, no Maracanã, Rio
Problema ocorreu na altura do antigo Museu do Índio.
Trânsito é desviado para a Rua São Francisco Xavier.
A Polícia Militar fechou a Radial Oeste, sentido Centro, na altura do antigo Museu do Índio, no Maracanã, Zona Norte do Rio, por volta das 7h15 desta segunda-feira (16), para uma ação de reintegração de posse no local. No domingo (15), um grupo que ocupava o museu invadiu um prédio ao lado, que estava em obras. Não há informações sobre prisões.
Cerca de 150 agentes do Batalhão de Choque (BPChq), com apoio do 4º BPM (São Cristóvão), fazem um cerco na região. De acordo com a PM, a Radial Oeste foi fechada por questão de segurança.
Segundo o Centro de Operações, o trânsito era desviado para a Rua São Francisco Xavier e apresentava retenções às 7h15. A melhor opção aos motoristas, porém, era a Avenida Visconde de Niterói, na Mangueira. Os reflexos chegavam às avenidas Marechal Rondom e Professor Manuel de Abreu e à própria São Francisco Xavier.
“Isso aqui é mais uma arbitrariedade do governador Sérgio Cabral. Esse espaço é legítimo nosso. Temos uma audiência agora à tarde na esfera federal, mas eles querem nos tirar daqui a qualquer preço. Isso daí é por conta da Copa. Eles estão destruindo isso aqui sei lá pra quem. Tem crianças e mulheres grávidas aí dentro. Eles não estão interessados na cultura indígena. E não somos só nós que estamos sofrendo com isso. Olha quantas comunidades estão sendo removidas”, afirmou Mônica Lima, da etinia Aruaque, da Amazônia, na saída do local.
O prédio invadido na madrugada de domingo já abrigou o antigo Laboratório Nacional Agropecuário do Ministério da Agricultura. Segundo manifestantes no local, a área faz parte do terreno do Museu do Índio e foi invadida depois que uma demolição teria começado na quinta-feira (12).
Em nota enviada no domingo, o governo do estado afirma que no prédio funcionava o escritório da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) e que não houve demolição, apenas retirada de parte do telhado, pois a estrutura estava comprometida após as chuvas da última semana.
Em relação à área a ser demolida, o governo afirma que o espaço foi adquirido do Ministério da Agricultura e será incorporado ao Complexo do Maracanã. O terreno será necessário para a operação de montagem do estádio para a Copa do Mundo. Após o evento, está prevista no local a construção do novo museu do futebol do Maracanã. A demolição será realizada pela Concessionária do Maracanã, com autorização do estado.
Após a entrada do Batalhão de Choque, a maioria dos manifestantes deixou o prédio, mas ainda há três índios no imóvel.
Do G1