O momento atual e as perspectivas futuras da política nacional, foi tema no Debate das Dez desta segunda (27)

Texto e fotos: André Luis

No Debate das Dez desta segunda-feira (27), o blogueiro Júnior Finfa, o advogado Carlos Marques e o presidente do PT de Afogados da Ingazeira Jair Almeida, falaram sobre os rumos da política para 2018. Temas como Lava Jato, a possível prisão de Lula, crescimento econômico, a possível candidatura de Lula, que já é dada como certa por muitos, a reforma trabalhista e a reforma da previdência foram amplamente debatidos pelos três.

Falando sobre a Operação Lava Jato, Carlos Marques disse que todas as forças políticas, do PT ao PSDB, estão torcendo pelo fracasso da Lava Jato. “É tanto que o líder do PT no Congresso, deu uma entrevista a Folha de São Paulo, pregando a anistia sobre a questão do caixa 2, para que o país não afundasse numa crise”, disse Marques.

Marques disse ainda achar que está muito complicado fazer um prognóstico do que vai acontecer em 2018 e que também acha que a classe política vai passar a lista fechada.

lista fechada ou lista de partido é um sistema de votação de representação proporcional onde os eleitores votam apenas em partidos, e não nos candidatos.

No sistema de lista fechada, cada partido apresenta previamente a lista de candidatos com o número correspondente ao círculo eleitoral, esses candidatos são colocados ordenados crescentemente e o número de eleitos será proporcional ao número de votos que o partido obteve, nesse sistema os candidatos no topo da lista tendem a se eleger com mais facilidade.

Porque, na lista fechada, todo mundo que está com lama até o pescoço vai ficar muito fácil para se reeleger e não perder a prerrogativa de foro, (o foro privilegiado) que é continuar sendo julgado pelos tribunais e você tem maior facilidade de fazer sua defesa e sair impune, por quê? Porque tem prescrição, tem as influências políticas lá dos ministros que existe um grupo de ministros que são sérios, já outros nem tanto“, disse o advogado.

Falando sobre uma possível condenação do ex-presidente Lula, Carlos Marques disse que se espera que, se houver uma condenação a sociedade aceite, visto que um cidadão não é melhor do que o outro e que não é porque Lula prestou um serviço a nação que vai estar acima da lei.

Jair Almeida disse que se Lula for preso estarão juntos com ele, mas que ele “vai ser preso mesmo é na Presidência da República, por mais quatro anos“. Disse ainda que o que se vê é que as coisas começam a ficar mais claras para as pesoas e que depois do “oba-oba“, envolvendo o impeachment e o momento econômico do país e que muita coisa se criou para derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff e para inviabilizar a possível candidatura de Lula.

Se vendeu uma ideia de que derrubar a Dilma era melhorar a economia e o combate a corrupção e a gente esta vendo justamente o contrário. O país não melhorou economicamente, o combate a corrupção piorou, a gente vê hoje um governo cheio de pessoas envolvidas na Operação Lava Jato!”, disse o petista.

Para Jair, tudo isso vai fazendo com que as pessoas comecem a dizer: “tempos bons eram os tempos de Lula e que o PT esteve à frente da Presidência da República“. Jair ainda disse que o combate à corrupção depende de quem está no comando e que o atual presidente não é a melhor pessoa para isso.

Carlos e Jair ainda discutiram sobre a responsabilidade de Michel Temer estar na presidência da República. Para Marques a responsabilidade é dos eleitores do PT, que votando em Dilma votaram também em Temer, visto que é papel do vice-presidente ocupar o lugar do presidente caso este venha a se ausentar por qualquer motivo.

Já para Jair, a responsabilidade de Temer estar no comando do país hoje, é dos “golpistas” que com as manobras que fizeram levaram o peemedebista ao poder, e negou a responsabilidade dos eleitores do PT dizendo, que votaram nele para cumprir o papel de vice e não para articular um “Golpe” contra a então presidente Dilma Rousseff.

Ouça abaixo na íntegra, como foi o debate desta segunda:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *