Celso de Mello e Fernando Henrique defendem obediência a Constituição
Por André Luis
Nesta quinta-feira (18), o ministro Celso de Mello, (mais antigo ministro) do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu “obediência irrestrita à Constituição” como condição para preservação dos direitos e das liberdades dos cidadãos. Leia íntegra:
“Mais do que nunca, neste particular momento em que o Brasil situa-se entre o seu passado e o seu futuro , os cidadãos deste país, as instituições nacionais e os membros integrantes dos poderes do estado devem prestar obediência irrestrita à Constituição e às leis da República como condição de preservação de nossas liberdades fundamentais e de nossos direitos”, disse. Somos todos servos da lei para que realmente possamos ser livres e, também, para que , com esse gesto de respeito solidário aos princípios de nossa lei maior, sejamos verdadeiramente capazes de preservar os fundamentos e a integridade dos valores que constituem o sopro inspirador da ordem democrática e a razão legitimadora do estado de direito“.
Assim como o ministro Celso de Mello, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, usando a sua página no Facebook, defendeu o “absoluto respeito à Constituição” e que “Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia”. Leia a íntegra:
“A solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição. É preciso saber com maior exatidão os fatos que afetaram tão profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção. É preciso dar publicidade às gravações e ao fundamento das acusações. Os atingidos por elas têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões. Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia. O país tem pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações. Pressa para ver na pratica medidas econômico-sociais que deem segurança, emprego e tranquilidade aos brasileiros. E pressa, sobretudo, para restabelecer a moralidade nas instituições e na conduta dos homens públicos”.