Time alternativo do Galo segura pressão, vence e iguala a Chape na tabela
No jogo das bolas aéreas, melhor para quem levantou menos e foi mais eficiente. Chapecoense e Atlético-MG fizeram um duelo de baixo nível técnico na Arena Condá na noite deste domingo, marcado pelo domínio catarinense e pela vitória mineira, por 1 a 0. Em casa e diante de um adversário com time todo reserva, o Verdão teve a bola, teve espaço, teve tempo, e nada fez além de cruzar bolas de um lado para o outro. Curiosamente, foi desta maneira que Marlone, em um dos raros ataques do Galo, decretou o resultado da partida.
Tratava-se até de uma situação lógica: o Atlético-MG com um time todo reserva e jogando fora de casa, fez a “gentileza” de dar a bola a Chapecoense. Fechado na defesa, deixou o time da casa ditar as ações ofensivas da partida e…se deu bem. Com mudanças na defesa e no meio, o Verdão voltou a demonstrar os erros que resultaram em 17 gols sofridos e quatro derrotas nos últimos cinco jogos: falta de criatividade no ataque e vulnerabilidade na defesa. E foi aí que o Galo cantou na Arena Condá.
Após passe errado de Rossi para Lucas Mineiro no meio, a jogada desenrolou até Valdivia driblar Girotto com facilidade na direita e cruzar para Marlone finalizar com mais facilidade ainda: 1 a 0. A vantagem não iludiu o Atlético, que seguiu sua estratégia bem definida diante de uma Chape refém de bolas esticadas para Rossi e que cansava de cruzar para area. Na única vez que deu certo, Wellington Paulista cabeceou livre para fora. Derrota no intervalo, e vaias na saída para o vestiário.
A desvantagem e a atuação ruim no primeiro tempo levaram Mancini a uma decisão emergencial: se mandar para o ataque. Saiu Luiz Antonio, entrou Lourency, que teve a primeira oportunidade na temporada – como tinha acontecido com Perotti e Lucas Mineiro. E a Chape pressionou, amassou o Galo em seu campo, mas seguia com muita dificuldade em criar. Por mais que tivesse espaço e posse, insistia nas bolas aéreas.
Recuado, o Atlético-MG se salvava como podia, sem medo de “chutar a bola para o mato”. Valdivia e Rafael Moura esperavam chance de contragolpe, mas a Chape seguia em cima. E seguia levantando bola de tudo quanto é jeito. Nada muito efetivo, tanto que a chance mais “clara” foi um carrinho para fora de Rossi. Melhor para os mineiros, que souberam defender e voltam para casa com titulares descansados para Copa do Brasil e com três pontos no Brasileirão.
Com o resultado, Chapecoense e Atlético-MG ficam colados na tabela de classificação, com 13 pontos, três a mais que o Bahia, que abre a zona de rebaixamento. Os catarinenses, com uma vitória a mais, levam vantagem e estão em 13º. Segunda-feira, dia 3 de julho, o compromisso é contra o Fluminense, no Rio de Janeiro, às 20h (de Brasília), com local indefinido: Edson Passos ou Maracanã. Já o Galo, em 14°, tem o clássico com o Cruzeiro pela frente, domingo, no Independência, mas antes conta com a volta dos titulares, quinta-feira, às 19h30, pelas quartas de final da Copa do Brasil.