Conselho do MP aprova orçamento de R$ 1,6 milhão para Lava Jato de Curitiba
Valor é maior do que o previsto inicialmente pela Procuradoria-Geral da República. Nova procuradora, Raquel Dodge defendeu o orçamento maior.
Do G1
O Conselho Superior do Ministério Público Federal aprovou nesta terça-feira (25), por unanimidade, orçamento do Ministério Público Federal para 2018 com R$ 1,6 milhão para a força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, o que representa um aumento em relação à previsão inicial.
O valor corresponde ao que os procuradores da força-tarefa pediram para a Procuradoria Geral da República. Mas a previsão inicial da PGR era de R$ 522 mil – reajuste de 4,19% em relação ao valor destinado em 2017, de R$ 501 mil. Só que em 2017 houve um valor extra de R$ 500 mil, o que permitiu à Força Tarefa um orçamento de R$ 1 milhão neste ano.
A proposta orçamentária do MPF para 2018 em discussão é de R$ 3, 843 bilhões, sendo mais de R$ 3 bilhões os gastos com pessoal. O documento ainda será enviado para o Executivo, que é quem consolida o orçamento da União.
A sessão
O relator da proposta orçamentária, subprocurador José Bonifácio de Andrada, propôs uma realocação de recursos para permitir que a Força Tarefa tivesse o orçamento que foi solicitado inicialmente.
Ele indicou que o valor fosse retirado da Secretaria de Concursos, mas depois, após sugestão de Raquel Dodge, concordou que o montante fosse retirado da Secretaria Geral. Dodge vai assumir o posto de procuradora-geral da República em setembro, quando termina o mandato de Rodrigo Janot.
Logo após o voto de Andrada, Janot também defendeu o aumento no orçamento da Lava Jato.”Não houve redução de investimento nos órgãos de investigação, principalmente na Lava Jato. O relator ponderou que seria importante a sinalização de que o MPF não pretende abrir mão e nem abdicar da Lava Jato. Seria sinalização positiva. Acho realmente um bom sinal, boa sinalização, de demonstrar que MP não abre mão das investigações em curso na Lava Jato”, afirmou Janot.
Raquel Dodge foi a primeira a falar após o relator, a pedido de Janot. “Todos queremos mais do que nunca ouvir a Dra. Raquel”, disse ele.
Dodge, assim como os colegas, apoiou o aumento no orçamento da Lava Jato de Curitiba. “O acréscimo apoia a atuação contra corrupção, de modo a fixar o valor solicitado pela força-tarefa. Passa uma mensagem clara que não fazemos redução e acolhe o que foi pretendido.”
Raquel Dodge também anunciou que acolheu a oferta do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para, em 10 dias, instalar uma comissão de transição no comando da PGR.
Ela sugeriu e o conselho aprovou que a comissão discuta duas questões de ajuste no orçamento: possibilidade de incluir reajuste para membros mantendo paridade com o Judiciário e inclusão de despesas para ingresso em vagas de vacância abertas.