A crise hídrica que afeta a região do Pajeú foi o tema no Debate das Dez desta quinta (4)

Por André Luis

No Debate das Dez da Pajeú desta quinta-feira (4), o novo gerente regional da Compesa, Girlano Gomes e o chefe de distribuição Washington Jordão, falaram sobre a crise hídrica que tem afetado a população de municípios do Pajeú. Eles falaram sobre as manobras que estão sendo feitas para tentar amenizar a crise, informaram o porquê da Compesa não estar conseguindo entregar o seu principal produto que é a água e responderam a questionamentos dos ouvintes e internautas da Pajeú.

Washington informou que devido a diminuição da produção de água para que possa ser distribuída, por conta de problemas simultâneos na Adutora do Pajeú, barragem de Brotas e sistema Zé Dantas, que são as três vias para captação de água para abastecimento de Afogados, se formou o caos que se tem visto ultimamente, resultando em uma enxurrada de reclamações por parte da população.

Washington informou que já voltaram a operar o sistema Zé Dantas e Brotas e que a Adutora do Pajeú deve voltar ainda hoje ao seu funcionamento, mas que a normalização do abastecimento demora visto que a cidade ficou 24h sem nenhum tipo de abastecimento.

Fazendo um giro pela região, o programa buscou informações sobre a situação de abastecimento de água em outras cidades do Sertão do Pajeú. De Flores as informações foram passadas pelo blogueiro Júnior Campos, que em conversa com o gerente de operações da Compesa no município, Inaldo Campos, informou que a água que chegou em alguns setores terça-feira (2) foi proveniente do retorno que contém a tubulação do Alto Pajeú até chegar em Flores, “ou seja é a água que fica na tubulação e com o bombeamento parado volta as localidades mais baixas”.

“Em Triunfo o abastecimento está sendo feito a cada dez dias”. Esta foi a informação passada pelo radialista Tiago André, que também informou sobre a situação do reservatório da barragem Brejinho, que segundo ele alcançou o seu nível máximo em 2017 devido a um bom inverno na cidade principalmente nos meses de maio, junho, julho e agosto.

Tiago ainda informou que os técnicos da Compesa trabalham com a meta de que com o abastecimento da forma como está sendo feito e com a quantidade de água que possui a barragem o município terá água garantida até o mês de setembro/outubro.

De Custódia falou o radialista Júnior Cavalcanti, que informou sobre o calendário de água do município. Júnior confirmou nota da Compesa publicada nesta quarta (3), que informou de mudanças no abastecimento de água na cidade devido a barragem de Marrecas ter entrado em colapso.

Júnior informou que diante da situação cerca de 70% da cidade passará a receber água uma vez por mês dos postos da Compesa que ficam na Vila de Fátima, município de Flores e já o bairro da Redenção que devido ao seu tamanho, parece mais uma cidade anexa a Custódia, assim como também a COHAB passarão a ser atendidos com carros-pipa.

Em Serra Talhada o racionamento que já existia em menor proporção desde o início de 2017, se agravou muito nos últimos meses do ano de 2017 com o colapso do açude Cachoeira II responsável pelo abastecimento da cidade. Estas foram às informações passadas pelo radialista Anderson Tenens.

Tenens informou ainda que a água que chega à cidade é da Adutora do Pajeú, mas que mesmo que toda a água da adutora fosse somente para o abastecimento do município, ainda assim não conseguiria dar conta da demanda que segundo Tenens é maior que a sua própria vazão.

Anderson disse ainda que a situação em Serra é bem critica e que o calendário da Compesa diz que para cada comunidade é feito o abastecimento de água por dois dias por quinzena, “só que com os constantes problemas que a adutora tem apresentado, tem localidade que passa mais de vinte dias sem água e a reclamação é geral”.

Tenens informou ainda que a população reclama muito também da pressão da água que não consegue encher as caixas e também do calendário.

Em Tabira a situação é mais amena, segundo informações do radialista Júnior Alves, a água tem chegado a cada dez dias, quando não ocorrem imprevistos com a adutora do Pajeú.

O blogueiro Marcello Patriota foi o responsável pelas informações da situação no alto Pajeú. Segundo Marcello Itapetim que é abastecida com duas barragens (Caramucuqui e Boa Vista), lá não tem problemas de abastecimento, com água nas torneiras a cada cinco dias.

Em Brejinho, Marcello informou que recebe água da barragem de Mãe D’água que fica no município de Itapetim, no Distrito de Piedade, através de uma adutora de aproximadamente 9km, mas Marcello chama a atenção de que a barragem só tem água até o mês de fevereiro/março.

Já São José do Egito está sendo abastecida pela Adutora do Pajeú, com ajuda do açude São José II, que está tendo a captação de água através de bombas flutuantes.

Tuparetama e Ingazeira são abastecidas pela Adutora do Pajeú. Marcello informou ainda que Santa Terezinha já está com “lata d’água na cabeça” a bastante tempo. Marcello informou ainda que o ramal da adutora do Pajeú que já deveria ter sido construído pelo Dnocs com o apoio da Compesa está sendo tocado quase que totalmente pela Prefeitura de Santa Terezinha e ainda deve demorar.

Ouça abaixo na íntegra como foi o debate de hoje:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *