Governador Campos cobra empenho à equipe
Gestor reforça que time “não pode descuidar do dia a dia de fiscalizar o que foi feito”
Com a missão da gestão estadual virar vitrine para o projeto eleitoral do governador Eduardo Campos (PSB), na eleição deste ano, o time de novos secretários ingressam na equipe com a responsabilidade de cumprir os objetivos administrativos para passar uma boa imagem do socialista nacionalmente. O recado foi dado pelo próprio Campos, que enfatizou a necessidade de “vencer 2014”. Ele pediu empenho para focar no trabalho do dia-a-dia e alcançar metas.
“Com muito trabalho, vamos vencer 2014. Não podemos nos descuidar do dia a dia de fiscalizar o que foi feito. Quem está no serviço público tem que focar o trabalho”, afirmou Eduardo. O gestor afirmou que o PSB, em período eleitoral, “nunca deixou” o pleito contaminar o trabalho administrativo.
O tom foi o mesmo adotado pelo secretário estadual e Infraestrutura, João Bosco (PSB). O auxiliar reforçou que é preciso mostrar “ao Brasil inteiro que em Pernambuco se faz melhor”. A fala é uma comparação indireta com a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), da qual o socialista fez parte. “Este ano de 2014 não será fácil. Para que todas as metas sejam cumpridas, cabe a nós, neste instante, nos comprometer com um trabalho de união para fazer as entregas, coroando com êxito este governo”, avisou aos demais auxiliares.
A necessidade de organizar o andamento das ações é reforçada pela renúncia do governador, em abril, para se disputar as eleições presidenciais. Com a saída dos ex-secretários que vão disputar o próximo pleito, o socialista montou um time para permanecer até o final do atual mandato. Mas, em abril, outros auxiliares deverão sair do Governo também para concorrer a mandatos. O secretário de Cidades, Danilo Cabral (PSB), é deputado federal licenciado e é cotado para disputar a reeleição.
“Aliança com PSDB é exemplo”
Em seu discurso na posse dos novos auxiliares estaduais, o governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB) fez questão de enfatizar que a aliança do seu partido com o PSDB não atende a interesses partidários ou políticos, mas “o povo” pernambucano. Um dos principais críticos do governo de coalizão da presidente Dilma Rousseff (PT) e da ampla composição partidária de Brasília que, segundo ele, não representa a população, o socialista ressaltou que a união com os tucanos é um exemplo da “nova política” e que “tem a compreensão da sociedade pernambucana”.
“Não é uma aliança feita para interesses de partidos ou políticos, mas uma aliança que coloca o povo no centro. Essa é a diferença entre a velha e a nova política. A nova política não interrompe o debate, não tem medo do debate. A capacidade de construir o entendimento. É isso que o Brasil precisa”, relatou.
De acordo com Eduardo, a “nova política” é o diálogo entre forças de campos opostos e a convivência com pensamentos distintos. O gestor relatou que, mesmo o PSDB apoiando candidatos majoritários de outros partidos nas últimas eleições, a direção da legenda respeitou as lideranças tucanas que apoiaram o PSB. “Esta é a política que precisa ser resgatada no Brasil. A política que coloca os interesses do País e do povo acima dos interesses do universo medíocre da velha política”, colocou.
Da Folha PE