Em Petrolina, Bruno Araujo promete maior programa habitacional para policiais do Estado
Do blog de Jamildo
No evento de sábado, seja em discurso ou fora do palanque, o tucano não comentou a especulação de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de olho na eleição nacional, poderia fazer um acordo com o PSB em São Paulo e dar apoio ao projeto de eleição do vice-governador Márcio Franca, do PSB, em troca de apoio nacional.
Ex-ministro das Cidades, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) prometeu casas para PM e policiais civis, no evento do encontro das oposições em Petrolina, no sábado.
“Vamos fazer o maior programa habitacional para quem cuida da segurança pública em Pernambuco”, afirmou, sem dar maiores detalhes. A promessa pode ser uma forma de atrair o voto de parte dos bolsonaristas, espalhados pela área de segurança de vários estados nacionais.
Os policiais militares são uma das categoriar com que o governador teve um atrito no início do ano passado. Cobrando equiparação aos salários dos policiais civis, PMs ameaçaram entrar em greve, paralisar as atividades durante o Carnaval e deixaram de cumprir o Programa de Jornadas Extras da Segurança (PJES), o que desfalcou as escalas. Tudo em meio à tentativa de Paulo Câmara de superar o problema da violência, hoje seu principal calo.
A promessa de criar um programa habitacional para as famílias da tropa também é assunto de um projeto de lei apresentado por Severino Ninho, deputado socialista.
Ao defender que o nome das oposições somente seja conhecido em abril, o ex-ministro disse que a situação era boa.
“Assim, haverá tempo para ter ideias novas, uma vez que o Estado sempre teve alternância de poder. Pernambuco não tem dono, ele acha que vão fazer uma capitania (hereditária). Isto ficou lá atras”.
Não faltou crítica diretamente ao nome do atual mandatário.
“Em outubro, os pernambucanos vão eleger um líder que guiará os destinos do Estado pelos próximos quatro anos. Pernambuco vai às urnas para votar num líder. E foi isso que faltou em 2014, a eleição de um líder. Estamos aqui hoje para buscar, junto com os pernambucanos, um líder que vai devolver ao Estado o respeito e a liderança que precisamos. Vamos em frente com um Pernambuco novo”.
No discurso, o tucano disse ainda que Petrolina era uma inspiração para todos, por ser uma terra seca, mas que gerava riqueza.
E tentou usar uma analogia com a imagem da bandeira de Pernambuco para batizar o novo movimento, de oposição.
“Um arco iris liga as duas pontas. Um arco de esperança que temos que construir”, sugeriu.
Paternidade das obras
O deputado federal Bruno Araújo também manteve a disputa pela paternidade das obras anunciadas pelo governador Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco. Ex-ministro das Cidades alegou, mais uma vez, que o socialista não deixa público que recursos são federais ao fazer a divulgação, por ser contrário ao emedebista.
“Eles, que criticam e querem distância de Brasília na televisão, vivem lá feito um gatinho, miando e pedindo dinheiro, mas quando o dinheiro chega escondem a verdade dos pernambucanos”, afirmou o parlamentar no segundo encontro da oposição, em Petrolina, neste sábado (27).
“Eu sabia desse governo como incompetente e despreparado, mas vemos agora que, além de tudo, ele é um governo desonesto nas informações”, disse ainda. “Vimos um governo que sucateou a saúde, desmoralizou o sistema de segurança.”
Bruno Araújo ainda insinuou que há uma retaliação do governo Paulo Câmara contra prefeitos da oposição. “Nunca tivemos um prefeito sentado na nossa frente para perguntar de que partido ele é”, disse.
Mendonça Filho
Deputado federal no terceiro mandato, o ministro Fernando Filho disse que todas as lideranças do grupo de oposição estão colocando os interesses pessoais em segundo plano para construir um projeto que faça o Estado voltar a crescer.
“O passado foi bom, mas não volta mais. Estamos provocados a fazer alguma coisa nova, a apontar um nome novo, a construir uma aliança que possa colocar Pernambuco no lugar que merece”, enfatizou.
O ministro da Educação Mendonça Filho também disse que o desejo de mudança dos pernambucanos é algo consolidado.
“A falta de articulação política da atual gestão, que não conseguiu avançar em relação aos anos anteriores. “Os pernambucanos já definiram que querem e vão mudar em outubro deste ano. Por isso, esse movimento vai na direção do povo. Estamos discutindo aqui um projeto novo para Pernambuco. Pernambuco como está, sem líder, sem direção, não pode continuar. E essa mudança não pode ser tarefa só das lideranças políticas. Tem que nascer e ser um movimento do povo e para o povo pernambucano. E quando o povo pernambucano quer, acontece”, afirmou.