Barroso e Gilmar trocam ofensas e sessão do STF é suspensa
Cármen Lúcia também virou alvo
Sessão teve que ser suspensa
Do Poder 360
Mais uma vez, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Roberto Barroso e Gilmar Mendes trocaram ofensas em Plenário. Durante a votação sobre o fim das doações ocultas, Barroso disse a Gilmar: “Vossa Excelência é uma pessoa horrível. É uma desonra para esse Tribunal com seu temperamento agressivo, grosseiro e rude”.
A reação de Barroso aconteceu após críticas de Gilmar sobre decisões do STF, principalmente em relação a que proibiu a doação de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais. Gilmar ainda mencionou a decisão de 2016, na qual a 1ª Turma revogou a prisão preventiva de 5 médicos e funcionários de uma clínica de aborto. O voto que conduziu a decisão foi de Barroso.
Barroso ainda disse que é muito penoso para os outros ministros terem que conviver com Gilmar. A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, suspendeu a sessão. No final, Gilmar Mendes respondeu Barroso e disse que o ministro deveria fechar seu escritório.
Na sessão Plenária desta 4ª feira (21.mar.2018), o ministro Gilmar Mendes já havia se desentendido com Cármen Lúcia ao afirmar que a Corte precisa julgar os processos prioritários, como os habeas corpus. Mendes ainda afirmou que “nunca viu problema para pautar processo” no STF.
“Nós estamos vivenciando falsas questões no STF. Eu acompanho o Tribunal nunca vi problema para pautar processo. Agora recebo uma outra informação que nos preocupa: o processo de Palocci não foi colocado em pauta. Os processos precisam ser julgados. Nós precisamos discutir em sessão o que se coloca na pauta”, disse Mendes.
A pauta do STF é de responsabilidade do presidente da Corte, conforme Regimento Interno. Cármen Lúcia defendeu sua gestão ao apontar que tem “pautado os processos exatamente dentro de algumas balizas temáticas já estabelecidas pelo STF”. A presidente disse que poderia mudar a regra de publicação, que sai mensalmente, caso os outros ministros e advogados julgassem melhor.
Assista ao vídeo da discussão: