Governadores à espera de autorização da Justiça para visitar Lula
Até o fechamento desta edição, Paulo Câmara, que decidiu visitar Lula, não tinha recebido confirmação para a realizar a visita
Do Blog da Folha
A visita dos governadores do Nordeste ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, depende da autorização da Justiça. O governador Paulo Câmara (PSB) é uma das lideranças que estaria disposta a acompanhar a agenda, mas aguarda a permissão do acesso dos gestores ao prédio para se dirigir ao Paraná. A previsão é que os administradores visitem o líder petista ainda nesta terça-feira (10) ou somente na quarta (11). Até o fechamento desta edição, a assessoria do Palácio das Princesas não garantiu a participação do socialista na agenda.
Paulo Câmara tenta se aproximar do PT para uma aliança eleitoral em Pernambuco e os acenos ao PT se tornam, cada vez mais, constantes. Após a decretação da prisão do ex-presidente pelo juiz federal Sérgio Moro, o socialista saiu em defesa do ex-presidente por meio de nota oficial. O chefe do Executivo destacou que a manutenção da liberdade do petista não representa “uma ameaça à sociedade que justifique a prisão. A sua história de vida mostra que Lula é um sobrevivente, um lutador. O ex-presidente continua com o nosso respeito e a nossa solidariedade”, afirmou Paulo.
No mesmo dia, Câmara tinha dito que mantinha a intenção de resgatar a aliança com o PT, mesmo com a provável prisão. Ele afirmou que Lula segue como uma liderança reconhecida e respeitada pelos pernambucanos. O diretório do PSB pernambucano também enviou uma nota de solidariedade ao petista. A agremiação saiu em defesa do legado de Lula durante sua passagem pela Presidência da República, quando as legendas ainda mantinham uma aliança afinada.
A mobilização dos governadores em Curitiba foi convocada pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT). O objetivo dos petistas é manter Lula em constante interlocução com lideranças políticas, durante visitas na cadeia. O PT trabalha para intensificar a mobilização em Curitiba e Brasília, principalmente, por conta do julgamento pelo STF da possibilidade de prisão após a condenação em segunda instância. A decisão pode beneficiar Lula.