Acusado de femicídio que chocou Afogados condenado a 19 anos de prisão
Foi condenado a dezenove anos de prisão o acusado de um feminicídio que chocou a população de Afogados de Afogados em janeiro do ano passado.
Júlio Lima Machado Moraes Mascena, 23 anos, foi considerado culpado pelo homicídio que vitimou Maria Valdéria da Silva Souza, de 37 anos. Ela era doméstica.
O exame identificou que Valdéria foi morta com um tiro no abdômen. Também que estava grávida de gêmeos.
Júlio foi preso em março daquele mesmo ano. A vítima foi encontrada morta às margens da PE 320, no acesso ao Sítio Covoadas, zona rural do município.
A investigação foi à época capitaneada pelo Delegado Germano Ademir.. Descobriu-se, o assassino cometeu o crime justamente por conta da gravidez de Valdéria. Como tinha outra relação estável, chegou a forçar a doméstica a abortar os filhos.
“Ela engravidou e ele não aceitava essa gravidez. Ele adquiriu um revólver calibre 38, marcou um encontro com a vítima e foi até a zona rural onde a executou com um disparo no abdome. Foi um caso de feminicídio que chocou a todos”, disse o Delegado Regional Jorge Damasceno, falando à Rádio Pajeú em março.
Ele foi condenado por homicídio qualificado e pelo aborto sem consentimento. Continua preso na Cadeia Pública de Afogados da Ingazeira. Atuaram na defesa Dudu Morais e Clênio Pires. O representante do MP foi o promotor André Júlio de Almeida. O juiz que coordenou os trabalhos foi Hildeberto Júnior da Rocha Silvestre.