Em postagem no Facebook, avó denúncia mau atendimento de médico no HREC
Comentários de amigas da avó denunciam desumanidade no atendimento da unidade.
Direção do hospital não quis se pronunciar sobre denúncias.
Por André Luis – Atualizado às 18h04
Usando a sua conta no Facebook, a avó de um menino de 7 anos, fez várias postagens denunciando um suposto mau atendimento por parte do médico Jorge Genuíno. Segundo ela: o neto, Artur, foi levado ao Hospital Regional Emília Câmara – HREC, com vômitos, glicose alta, garganta inflamada e manchas vermelhas pelo corpo, além de estar muito agitado e com muita sede.
“Dr. Jorge Genuíno mandou ele voltar pra casa, não examinou a criança e disse que ele não tinha nada e que era a mãe que não sabia criar e se estava vomitando ela [a mãe] parasse de dar água ao menino”, escreveu a avó.
Ainda segunda Fátima Guerra [a avó], o menino foi levado a Casa de Saúde Dr. José Evóide de Moura, onde foi bem atendido e se encontra internado. Questionada sobre o diagnóstico da criança, Fátima disse ainda não saber, “estamos aguardando os resultados dos exames”, disse.
Comentando a própria postagem, Fátima disse ainda que “o médico é o mesmo que atendeu Lara, dizendo que era infecção intestinal e mandou pra casa três vezes no mesmo plantão. A Gaby a levou pra Eco Clínica onde foi diagnosticado apendicite e ela terminou por ter que fazer uma cirurgia. Têm médicos bons e responsáveis, mas também, Jorge Genuíno tem muitos”, desabafou.
Ainda segundo Fátima, resolveu fazer a denúncia em seu Facebook, por não ser a única a ter passado por esta situação: “têm muitas pessoas passando por isso, não vou parar por aqui, vou continuar buscando meus direitos como cidadã”, disse Fátima.
A postagem da avó indignada com o atendimento do médico ao seu neto, ganhou grande proporção na rede e fez com que outras pessoas fizessem coro a ela, e também denunciassem mau atendimento por parte do mesmo médico e questionassem o atendimento na unidade hospitalar.
“Assim fizeram com meu pai, que chegou no hospital passando mau, foi atendido e passaram uma medicação para tomar em casa. Meu pai tomou o remédio e teve uma forte crise alérgica, voltou no dia seguinte todo inchado e eles e nós filhos, assistimos a morte de meu pai de camarote. Isso porque falaram o tempo todo não se tratar de nada grave. Sua face chegou a estourar, até vir a óbito. Parabéns para nossa saúde e para os médicos do HREC”, ironizou uma internauta em resposta a postagem de Fátima.
Uma outra pessoa comentou dizendo que: “é muita reclamação com esse médico, muito desumano. Há cinco meses ele fez a mesma coisa com minha sobrinha. Infelizmente tem gente que brinca com a vida dos outros”, comentou.
Uma outra amiga de Fátima criticou a falta de humanidade praticada pelos profissionais da unidade. “Tá longe do paraíso. Estão investindo mesmo em tecnologia. Esquecendo da parte humana que é o importante”.
Outra amiga de Fátima aproveitou para também denunciar um caso vivido por ela: “o atendimento do Hospital Regional é péssimo. Minha filha sofreu um acidente de carro, está com muitas dores na clavícula e eles nem se quer fizeram um Raio X, pedi e eles me disseram que não tinha nada, continua sentindo muitas dores.
Flávia Guerra, filha de Fátima, questionou: “aí eu me pergunto… Será que essa pessoa é médico mesmo? Como pode continuar trabalhando sem nenhuma competência. Só na nossa família foram dois casos, Lara, minha sobrinha só não morreu porque Deus deu sabedoria a Gabriela pra levá-la a Dr. Cordeiro e chegando lá constatou que tinha que fazer uma cirurgia de urgência, e agora Arthur. Gente quantas pessoas vão precisar morrer pra vocês tomarem providências?”.
Segundo Fátima, Artur, seu neto, continua internado na Casa de Saúde Dr. José Evóide de Moura e junto com ele têm outras crianças na mesma situação.
Procurada por nossa reportagem, a diretora do HREC, Patrícia Queiroz disse que não receberam nenhuma denúncia na ouvidoria da unidade referente aos casos mencionados. “Nós não recebemos nenhuma denúncia em nossa ouvidoria a respeito disso e eu não vou responder rede social. A pessoa em questão pode nos procurar que apuramos o caso e tomamos as medidas cabíveis”, disse Patrícia.