Deputada Tereza Leitão acredita em protagonismo do PT nas eleições de 2020
Deputada defendeu permanência do prefeito Luciano Duque no partido e fortalecimento da legenda no interior do estado.
Por André Luis
Promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Afogados da Ingazeira, acontece nesta quarta-feira (6), às 19h no auditório da Faculdade do Sertão do Pajeú (Fasp) o debate: “A Cidade que queremos”, como o tema “Educação no governo Bolsonaro”.
No Debate das Dez da Rádio Pajeú FM desta quarta (6), a deputada estadual Tereza Leitão (PT), o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, Heleno Araújo e a presidente do PT de Afogados da Ingazeira, Mônica Souto, falaram sobre o evento. Também falaram sobre o momento político do país e sobre as eleições de 2020. Ouça abaixo a íntegra do debate:
Ao falar sobre as eleições de 2020, Tereza foi provocada a falar se Marília Arraes corria o risco de ser novamente rifada como aconteceu nas eleições de 2018. Para ela o fato da eleição estadual ter um palanque nacional, influenciou a decisão da direção nacional do partido o apoio a reeleição do governador Paulo Câmara.
“O PSB não resolveu internamente em relação ao apoio a Haddad, o que se conseguiu do PSB foi um apoio informal, em troca disso em alguns estados, o PT apoiou os candidatos do PSB.”
A deputada acredita que com as eleições municipais a história será diferente. “E uma eleição contextualizada e eu antevejo que a eleição de 2020 vai ser muito polarizada do ponto de vista dos Campos [família do ex-governador Eduardo Campos], que hoje se movimentam no Congresso Nacional e isso deve indicar a política de alianças do PT que vai fazer congresso agora este mês, mas ela [a eleição de 2020] não tem outro link, a eleição municipal tem muito a ver com o papel da cidade na vida das pessoas e o PT tem uma formulação muito consistente com relação a isso” afirmou Tereza.
Tereza Leitão, que defende candidaturas próprias do PT, não só em Pernambuco, mas em todas as capitais do país, disse esperar que a direção nacional do Partido que decidiu pela coligação com o governador Paulo Câmara nas eleições estaduais, agora incentive as candidaturas próprias do partido.
Sobre o afastamento do Prefeito de Serra Talhada Luciano Duque do partido, que sofre um processo de expulsão pelo fato de ter ido contra a indicação partidária e não ter apoiado a reeleição de Paulo Câmara, Tereza disse que não dá por encerrado a discussão e que vai conversar com o prefeito.
“Ele é um quadro que o PT não pode prescindir. No interior a gente está com dificuldades de quadro, muita gente se afastou do PT, ou foram afastados. Ele fez muito pelo PT e o fato dele não ter apoiado Paulo Câmara, foi fruto de uma ação precipitada do partido.
Tereza se refere a decisão do PT de ter colocado como suplente do senador Humberto Costa, Waldemar Oliveira, que há época era do PR e agora é presidente do Avante. “Como é que você bota pra ser suplente do senador do PT, o maior adversário político do cara na sua cidade? Ele não foi ouvido, foi comunicado”, destacou Tereza.
Questionado sobre o senador Humberto Costa ‘viver batendo’ no prefeito Luciano Duque, a deputada explicou: “é porque essa prática de bater, para alguns do PT eles acham que é saudável, só quem cresce com batida é pão, ou gente que quer crescer em cima de outras. Isso na política não dá certo”, criticou.
Tereza reconheceu as dificuldades do partido no estado e negou que exista uma concentração de forças na região Metropolitana. “Não é que a gente quer concentrar todas as forças do PT na região Metropolitana, até porque a situação do PT na região está muito delicada, tanto ou mais que no interior, então a gente precisa dessa candidatura na capital. É viável e competitiva. E ao mesmo tempo a gente tem que olhar para o interior”, pontuou.