Emídio defende que PT de Afogados lance candidatura própria
Para petista anúncio de manutenção de união de Totonho com a Frente Popular tira qualquer possibilidade da aliança que havia sido considerada.
O empresário Emídio Vasconcelos, membro do Partido dos Trabalhadores de Afogados da Ingazeira, falou em entrevista ao programa A Tarde é Sua da Rádio Pajeú FM, desta quarta-feira (06.05), sobre a manutenção da união da Frente Popular de Afogados da Ingazeira, informada pelo prefeito José Patriota e confirmada pelo ex-prefeito Totonho Valadares.
Com isto, a Frente vai marchar junta nas eleições municipais deste ano, frustrando os entusiastas pelo “racha”. Ouça abaixo o que disse Emídio.
Para Emídio a fala do ex-prefeito de que o vice-prefeito, Alessandro Palmeira não é “prego batido e ponta virada”, trata-se de uma estratégia. “Nós não podemos trabalhar com outra alternativa, o candidato da Frente Popular é Sandrinho, se o ex-prefeito por uma circunstância de conveniência quer relativizar ou quer dar essa notícia as pessoas que o cerca aos poucos, ele deve estar usando isso como estratégia, mas ele sabe. Ele tem essa compreensão de que o candidato é sim Sandrinho. A minha dúvida é se ele entregou as armas, negociando, ou se ele se rendeu sem negociar”, disse Emídio.
Emídio também disse que pensa que nunca houve realmente um afastamento entre Patriota e Totonho. Disse julgar que estiveram aliados o tempo todo e que em algum momento “eles estabeleceram um diálogo de atrito. Ele [Totonho], chamou Sandrinho de poste e Sandrinho disse que na Frente Popular não cabia bolsonarista e Totonho é bolsonarista convicto”, afirmou.
O petista criticou o fato de que Totonho disse estar de certa forma arrependido de ter votado em Bolsonaro. Para ele, o arrependimento é por outra circunstância. “Não é porque Bolsonaro está governando mal, é porque a sua posição política o inviabilizou do ponto de vista eleitoral, mas antes tarde do que nunca neste contexto”, disse.
Para Emídio, diante da cena que se apresenta, com Totonho na Frente Popular, as chances do PT fazer aliança é praticamente nula. Ele defende que o partido tenha candidatura própria. “O Partido dos Trabalhadores não tem um encaminhamento formal, nós estamos fazendo um processo de discussão, aqui eu estou falando com um sentimento pessoal. Essa tese de candidatura própria nunca foi afastada dentro do Partido dos Trabalhadores. Desde o primeiro momento, nós discutimos que teríamos candidatura própria como uma das alternativas e uma prioridade dentro do município de Afogados da Ingazeira, mas, ao mesmo tempo, orientado e vendo uma conjuntura nacional e estadual havendo o afastamento das forças conservadoras, bolsonaristas dentro da Frente Popular, a gente iria reavaliar essa posição e não descartava a possibilidade até de uma aliança”.
“Eu acredito que o PT deve cumprir seu papel histórico, orientado não meramente para as urnas, embora creio que temos como fazer um bom enfrentamento. Acredito que do ponto vista da política, do ponto de vista da disputa eleitoral, do ponto de vista administrativo o PT tem como construir propostas alternativas e levar sim pra Afogados da Ingazeira e fazer um debate. Evidentemente que a gente tem que ter humildade e sobretudo, fidelidade aos princípios e valores pra não ir fazer disputa econômica e que conciliando o eleitoral com o político possa minimamente dá a sociedade afogadense uma alternativa, uma escolha”, pontuou Emídio.