Paróquia de São Francisco necessita de ajuda

Comissão responsável pela construção da nova igreja do bairro de São Francisco, em Afogados da Ingazeira, enfrenta dificuldades financeiras para concluir o projeto

Por Sebastião Araújo

Esperança e fé têm marcado os dias da vendedora Luciete de Almeida. Devota de São Francisco de Assis, ela não vê a hora de voltar a frequentar a igreja católica do bairro onde reside e que leva o nome do santo, situado na periferia de Afogados da Ingazeira.

Com a expansão territorial da localidade ao longo dos últimos vinte anos, a pequena igreja dedicada a São Francisco, construída nos anos 1960, e que tinha capacidade para, no máximo, 60 pessoas, não comportava mais o crescente número de fiéis e acabou sendo demolida.  “Agora, vamos ganhar uma igreja de verdade”, espera Luciete, ansiosa.

A vendedora, que participa ativamente do movimento religioso na comunidade, refere-se à construção da nova paróquia, pertencente à Diocese de Afogados da Ingazeira.

A obra começou a ser erguida no ano passado mas caminha a passos lentos devido à pandemia do novo coronavírus. Sem recursos financeiros para continuar com o projeto, a comissão que está à frente da construção teve que se valer até agora do dinheiro apurado com a ajuda dos próprios moradores do bairro.

Também tem procurado angariar recursos com a promoção de rifas, festivais de prêmios e bazar, montado todo sábado na feira livre da cidade. Só com mão de obra, todo mês são gastos cerca de R$ 4 mil.

Para concluir a edificação, erguida numa área de 300 metros quadrados, são necessários aproximadamente R$ 250 mil. A área construída está cercada por arames, o que não evita de estar sendo utilizada indevidamente por desocupados.

Padre Luiz Marques, ou Padre Luizinho, como é mais conhecido, tem-se mostrado apreensivo com o desenvolvimento do projeto.

“Além de poder haver depredação, o próximo inverno pode afetar bastante o que já foi feito”, relata o pároco.

Estão faltando o telhado, portas, janelas, toda parte elétrica e hidráulica, acabamento e estrutura interna. A madeira para colocar no telhado já foi doada, mas ainda não chegou no local por causa das chuvas no Pará, onde foi comprada, e também por conta da pandemia. Além da área dedicada às celebrações, a matriz deve ganhar uma sacristia e secretaria.

Atualmente, as missas acontecem no salão paroquial ou dentro da própria construção, respeitadas as normas de prevenção e controle contra a pandemia.

“Em meio a tantas dificuldades, a fé do povo fez com que a construção continuasse, mesmo sem ser dentro do esperado. Permanecemos trabalhando e pedindo a colaboração de todos os que se sentirem tocados a nos ajudar”, pontua Padre Luizinho, que é uma das grandes lideranças religiosas do Sertão pernambucano.

Desde o início dos anos 1990 até agora, pelas paróquias e cidades por onde passou, o sacerdote deixou sua marca.

Em São José do Egito fundou o lar do idoso Casa da Divina Misericórdia; em Ingazeira criou centros pastorais na própria sede do município e no distrito de Santa Rosa e em Carnaíba lançou a festa em homenagem ao compositor Zé Dantas, além de ter reformado várias igrejas.

Quem quiser colaboração com a construção da paróquia de São Francisco de Assis pode fazer o depósito no Banco do Brasil, na conta 7172-2, agência 0570-3 ou pelo Pix: 09.654.914/0020-03.

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