Vereadores investigados já estão em liberdade em Caruaru, no Agreste

Eles são suspeitos de corrupção; soltura foi decidida pelo Tribunal de Justiça.

Inquérito policial da Operação Ponto Final II deve terminar até sexta-feira (7).

Na tarde desta quarta-feira (5), os vereadores Val das Rendeiras (PROS) e Evandro Silva (PMDB) saíram da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste pernambucano. Na terça (4), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu liberdade aos dois e também aos parlamentares Neto (PMN), Jadiel Nascimento (PROS) e Val (DEM), anteriomente considerados foragidos.

Eles são investigados pela Operação Ponto Final II, porque estariam envolvidos em suposto esquema de propina para aprovar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Além disso, são também alvos de processo judicial instaurado após a Operação Ponto Final I, junto a outros cinco parlamentares.

O documento da Polícia Civil sobre a segunda operação deve ser concluído até sexta-feira (7). Ainda nesta quarta, os vereadores Jajá (sem partido), Louro do Juá (SDD) e Eduardo Canterelli (SDD) prestam depoimento na Gerência de Controle Operacional do Interior I. Segundo informações da assessoria da polícia, o delegado Diogo Melo está ouvindo os edis.

Os vereadores Val das Rendeiras (PROS) e Evandro Silva (PMDB) foram presos no dia 29 de janeiro e levados para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza. O advogado de defesa, Saulo Amazonas, afirmou que “as prisões eram desnecessárias sob vários aspectos, como jurídicos e táticos”.

Neto (PMN), Jadiel Nascimento (PROS) e Val (DEM) eram considerados foragidos. Ao G1, à época dos mandados de prisão, Saulo Amazonas disse que eles não tinham se apresentado porque aguardavam posição da Justiça. “Eles estão esperando a decisão do Tribunal com relação ao habeas corpus liberatório e preventivo que solicitamos para que eles não sejam presos”, informou.

Segundo a Polícia Civil, os cinco parlamentares estão envolvidos em outro suposto esquema de corrupção. O delegado Erick Lessa, que preside as investigações, afirmou que a ação funcionou da seguinte forma: “Evandro Silva propôs a criação de uma CPI e, para isso, teria que colher assinaturas para levá-la a plenário.

Com isso, ele e os vereadores Val de Cachoeira Seca e Neto teriam pago uma quantia em dinheiro para dois vereadores da situação, Val das Rendeiras e Jadiel Nascimento. A intenção era que eles assinassem o documento. Instaurada a CPI, eles iriam negociar com o Poder Executivo para que o caso fosse arquivado mediante pagamento”. Como foram colhidas apenas oito assinaturas – seis de parlamentares da oposição, e dois da situação – o caso foi arquivado.

Estes e outros outros cinco parlamentares foram presos pela primeira vez no dia 18 de dezembro de 2013, na Operação Ponto Final I. Eles estariam exigindo propina à prefeitura para aprovar projetos.

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