A influência da mídia nas famílias brasileiras
O beijo entre as renomadas atrizes Fernanda Montenegro e Nathália Timberg, no primeiro capítulo da novela Babilônia, da Rede Globo, está gerando muita confusão na internet. Na quinta-feira, dia 19 de março, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional emitiu uma nota de repúdio. O documento, assinado pelo deputado federal e pastor João Campos (PSDB-GO), autor do projeto que ficou conhecido como “cura gay”, convoca os fiéis a boicotarem a novela e seus anunciantes.
A verdade é que a TV brasileira e mídia como um todo, vem gerando muitas polêmicas, essa é apenas mais uma, hora ou outra aparece um programa que é questionado pelos telespectadores, ou uma música mais apimentada, ou uma dança mais erotizada, mas até onde um programa televisivo como uma novela pode afetar a vida das pessoas? Para tentar responder este questionamento e tentar entender as consequências disso na sociedade, hoje nos estúdios da Pajeú a Psicologa Isaura França ela é de Caruaru, mas atende no município de Afogados da Ingazeira, na Casa de Saúde Dr. José Evóide de Moura, o pastor Edivam Gomes da Igreja Presbiteriana e o conselheiro tutelar Milton Antônio.
O pastor Edivan disse que o pensamento de abordagem dentro da igreja é constante. Sobre tudo aquilo que destrói a família, tudo aquilo que não é visto de uma forma coerente, de uma forma sadia. Ele disse que a igreja trabalha em diversos temas.
“Eu não assisto novelas e a diversos outros programas que não edificam, nós temos que ter muito cuidado com aquilo que entra em nossa casa, aquilo que estamos assistindo, porque ela é uma grande formadora de buscar com que as famílias tenham uma nova forma de ver as situações e muitas vezes não traz, podemos dizer na sua grande maioria, ela não mostra de uma forma muito realista, existe uma maquiagem para que aquilo que esta sendo apresentado seja muito belo, muito bonito e muitas vezes a sociedade é influenciada de uma forma muito forte, porquê a mídia ela tem ditado em muito o comportamento da sociedade, ela tem agido de uma forma muito grande e muitas das pessoas não tem a capacidade de fazer uma leitura de ver a fantasia que existe nisso ai”, alertou o pastor.
Em relação aos pedidos de boicote a empresas que patrocinam a novela em questão, Edivan disse que radicalismo não leva a nada e que é preciso ter bom censo, “esse tipo de coisa é melhor não dar ibope, isto é, melhor não falar, não comentar pois gera a curiosidade”.
A psicóloga Isaura França disse que é preciso ter mais rigor quanto as tarjas com as classificações etárias dos programas que aparecem de forma muito tímida. “As vezes não dá nem pra ver que passou a tarja”. Disse também que é preciso ter regras, ter vigilância sobre as crianças e os adolescentes, pois estão em época de formação de personalidade e são facilmente influenciáveis.
“Enquanto psicóloga o meu código de ética fala que não posso ser conivente com atos de discriminação e também não posso induzir a convicções de orientação sexual também, mas vejo o quanto tem chegado à clinica pessoas inquietas com isso, pessoas que são e não se aceitam porque a sociedade não aceita, essa questão polêmica da novela, não somente da novela como de outros programas, a Globo em especial tem trazido de uma forma sucinta do meio para o final da novela ou do programa e nessa novela em especial ela trouxe no primeiro capitulo, assassinato, filha que bate na mãe e o beijo homo afetivo. São coisas que polemizam e que são chocantes para algumas pessoas, mas você tem a opção de mudar de canal, você tem a opção de desligar a TV, você tem a opção de fazer um programa sadio com seu filho, de ir a uma praça, de brincar de casinha ou de carrinho a escolha é do pai e da mãe que impõe o limite da criança e não o contrário”, disse Isaura.
O conselheiro tutelar Milton Antônio falou sobre como isso tudo influencia a criança e o adolescente.
Ouça abaixo na íntegra o debate de hoje: