A saúde pública de Afogados da Ingazeira foi o tema de hoje no Debate das Dez
No Debate das Dez de hoje (26), o secretário de saúde do município, Artur Belarmino e a diretora do HR Emília Câmara, Viviane Vasconcelos, avaliaram o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no HREC. Belarmino e Viviane esclareceram sobre quais são as responsabilidades de cada um e como vai ficar após a inauguração da UPA-E.
Questionado sobre o fato do adiamento da inauguração que seria na próxima quinta-feira (27) ter sido transferida para o sábado (29), Belarmino disse estar com tudo pronto para a inauguração da UPA-E, por isso o fato do adiamento da inauguração não afetou em nada. “Estamos ansiosos pela inauguração”, revelou.
Sobre em que a inauguração da UPA-E mudaria o cenário do HREC, Viviane disse que não muda muita coisa. “Na verdade o que acontece é que o HR é que vai receber pacientes da de lá, no caso de haver necessidade de procedimento cirúrgico, com a implantação da UPA-E no município o que muda são os encaminhamentos que ao invés de mandarmos pacientes para fora do município, estaremos encaminhando para a UPA, havendo é claro a disponibilidade do especialista”, disse Viviane”.
Belarmino relatou ter estado com a primeira diretora da UPA-E, disse se tratar de uma boa pessoa, tranquila, uma enfermeira que inclusive já ocupou cargos em outras secretarias de saúde de outros municípios e atender pelo nome de patrícia. Belarmino falou ainda que hoje em Afogados da Ingazeira são 35.453 habitantes e que a chegada da UPA vai ajudar e muito aos PSFs e UBSs do município. “O que não for possível dar resolução nas Unidades Básicas, serão encaminhadas para lá [UPA-E]”, disse Belarmino.
Belarmino disse ainda que com a implantação da UPA, vai haver uma minimização de encaminhamentos de pacientes para fora do município.
“Nos vemos isso como um impacto muito positivo, a pessoa não vai precisar se deslocar quilômetros para ter seu problema de saúde resolvido”.
Questionado sobre as especialidades que estarão disponíveis na UPA, Belarmino falou que em conversa com a diretora da UPA-E Patrícia, lhe foram passadas algumas, mas que ele preferia não revelar nada ainda e que deixaria isso a cargo de Patrícia, que futuramente poderia estar dando melhores detalhes acerca do assunto, mas revelou, “Parece que teremos bons especialistas na UPA-E”.
Belarmino aproveitou a ocasião para adiantar como será o acesso da população aos serviços especializados.
“Toda demanda na saúde surge a partir do momento que há uma necessidade, o paciente quando atendido por um profissional na UBS e sendo identificada a necessidade de um especialista, o mesmo será encaminhando para a Unidade Especializada, ele [o paciente] já sai da Unidade Básica com dia e hora marcada para o seu atendimento com o especialista na UPA-E, então o acesso a Unidade Especializada se dará através das Unidades Básicas, quando necessário”.
Sobre o serviço de classificação de urgência, implantado no HREC, através do uso de pulseiras coloridas, Viviane explicou:
“Na verdade a gente vai estar mantendo o atendimento ao paciente e estaremos implantando um classificador de acordo com a gravidade do caso, vamos trabalhar com o sistema de cores, vermelho, amarelo, verde e azul,
vai ter uma enfermeira, treinada de acordo com o protocolo e será feito um pré-atendimento onde será verificado caso-a-caso e dado os encaminhamentos necessários”.
Explicando um pouco mais sobre o atendimento especializado na UPA, Belarmino explicou que é de forma gradual, isto é de acordo com as demandas vai se ajustando a contratação de especialistas.
“O atendimento será de forma gradual, mas eu quero dizer que as especialidades presentes na UPA-E, serão as demandadas pelas necessidades da região e a contratação segue todo um protocolo e é importante esclarecer que não teremos todas as especialidades de uma vez, eu não posso afirmar, por exemplo, que teremos um cardiologista pediátrico, mas posso afirmar que teremos um cardiologista para atender as demandas da população”.
Em relação ao PSF do São Francisco, Belarmino disse que está aguardando para inaugurar, mas vai entregar um posto novo que vai dar qualidade no atendimento para a população e informou que a unidade contará com atendimento odontológico.
Já Viviane, quando cobrada sobre a emergência odontológica do HREC, disse que só não esta funcionando ainda por falta de profissionais, mas que a sala já esta pronta para o atendimento.
Questionada sobre o fato de seu marido o vereador Vicentinho estar com um posicionamento mais de oposição em relação ao prefeito José Patriota e se isso de alguma forma interfere na condução de seus trabalhos à frente do HREC, Viviane disse que não e completou: “apesar da gente saber que existe uma equipe que faz e dá o braço para que a coisa funcione a gente sente que existem algumas dificuldades no dia-a-dia, justamente por rumores políticos, é aquela historia desde que foi anunciado por Vicentinho o apoio ao candidato de oposição a Eduardo Campos, então já surgiram rumores pelos corredores do hospital de que eu não assumiria a direção do HREC. A gente sabe que existem aquelas pessoas que só pensam na questão política que atrapalham o andamento dos trabalhos. O fato de eu ser casada com Vicentinho não interfere, como ele não interfere no meu trabalho eu não interfiro no dele”.
Viviane aproveitou para informar que foi conseguida uma verba para investir em materiais permanentes, como ventiladores, televisores freezer, material para raio x, de proteção entre outros.
Ouça abaixo o Debate na íntegra:
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