Afogados: Explicou, mas não convenceu. Na Pajeú presidente do legislativo explica aumento
Por André Luis
Após muitas manifestações, pressão e cobranças da opinião pública, do vigário geral da Diocese de Afogados da Ingazeira, da população e do Ministério Público, o vereador reeleito e presidente da Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira, Franklin Nazário, acompanhado do advogado e assessor jurídico da Câmara, José Rodrigues, falou sobre a polêmica da sessão ordinária da Câmara, que decidiu o aumento dos parlamentares para a próxima legislatura. A entrevista foi nos estúdios da Rádio da Pajeú, na manhã desta quinta-feira 06.10.
A polêmica começou quando no último sábado 01.10 o blog do Nill Júnior fez a denuncia de que, a Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira aprovou em uma sessão sem nenhuma comunicação à sociedade, e sem uma linha de prestação de contas sobre o tema, o aumento para os parlamentares que assumirão a partir de janeiro de 2017.
Franklin explicou que o vereador não recebe salários e sim subsídios e que de acordo com a Lei Orgânica o reajuste precisa ser votado 60 dias antes das eleições e que o subsidio atual é de R$ 6.012,00 e que votaram na resolução um teto de 7.013,50, um aumento de 24,6%, “abaixo do que é previsto, que é de 30%”.
Franklin disse ainda que não é porque foi votado que será aplicado, “isso vai aumentando gradativamente durante os quatro anos, o próximo presidente é que vai decidir sobre este aumento”.
Franklin informou que está providenciando os documentos solicitados pelo Ministério Público, que questionou a ausência da divulgação do acontecido, “estamos providenciando a ata e estou enviando também os meus contra cheques”.
Falta de publicidade – Sobre o fato de não ter dado publicidade à sessão havendo inclusive a possibilidade de que foi feito um pacto de silêncio entre os vereadores que participaram da sessão, Franklin disse que isso não existiu, disse que a sessão foi aberta e que o povo não foi porque não quiseram ir. Disse que quando procurado pela produção da Rádio Pajeú, disse que o assunto havia sido discutido e que ficaria para janeira de 2017, bem diferente do que foi apurado pela produção da Rádio Pajeú.
A comunicadora Micheli Martins, que foi quem manteve contato com Franklin, disse que não foi isso que ele disse à ela, e sim que na ocasião que foi procurado por ela, disse que a decisão havia ficado para janeiro de 2017.
Franklin disse que apenas a vereadora Antonieta Guimarães e o vereador Pedro Raimundo não participaram da sessão. O que não dá pra entender, visto que procurados pelas produções dos dois veículos, vereadores negaram ter existido tal sessão, chegando inclusive um dos vereadores que culminou na denuncia, ter sido claro ao pedir que a informação não fosse levada para a imprensa e outros dizendo que ficaram sabendo da decisão através da imprensa.
A população não ficou convencida com as explicações dadas pelo presidente da Câmara, e continuou a criticar a decisão e ainda mais a forma como a mesma foi tomada. Ao que tudo indica a Câmara ainda terá muito para se explicar sobre este episódio.