Afogados // Gestores da Segurança Pública comemoram resultados de 2015, mas alertam para um 2016 extremamente difícil
Dr.Jorge Damasceno e o Coronel Flávio Moraes se mostraram preocupados com o ano de 2016 que segundo eles tem perspectivas para ser pior que este ano que está chegando ao fim.
Por Andre Luis
Hoje nos estúdios da Pajeú, participando do Debate das Dez durante o programa Manhã Total o Delegado Regional Dr. Jorge Damasceno e o Comandante do 23º BPM Coronel Flávio Moraes avaliaram o ano de 2015 da Segurança Pública e falaram sobre as perspectivas e desafios para 2016.
Cel. Flávio disse que o ano foi diferente em todos os aspectos de sua vida profissional e muito difícil para gestores. “A gente já imaginava que seria difícil, seria uma tarefa realmente extremamente complicada, mas a gente não tinha dimensão das dificuldades“. Ele disse que a AIS-20 tanto por parte dos policiais militares como dos civis, conseguiram apesar das dificuldades, chegar ao final do ano com muita coisa pra comemorar. Cel Flávio disse que as perspectivas para o próximo ano também não são boas.
Moraes disse que engana-se quem pensa que a área é tranquila, mas sim, que está tranquila por conta do trabalho das polícias, que com o trabalho e da integração, inclusive junto à sociedade que estão apreendendo armas, fazendo debelação de pontos de drogas e enumeros outros trabalhos que trazem bons frutos para a região.
Cel Moraes disse também que não há a ilusão de que 2016 será um ano fácil e que está trabalhando com a hipotese de ser um ano muito duro e talvez até mais difícil que 2015. “Nós estamos com o ano político travado, perdemos o ano de 2015 por conta da política e por conta da economia que também ficou travada o ano todo.” Ele também falou que será preciso melhorar os números em relação aos crimes contra o patrimônio.
Dr Jorge disse que foi um ano muito difícil, mas que também foi muito gratificante por chegar ao final do mesmo e ver tudo que foi feito ao longo de 2015. Ele também falou que ficou extremamente feliz pela AIS-20 ter alcançado bons resultados e ter alcançado o índice da ONU.
“Isso foi fruto dos esforços de todos, policiais civis e militares que se engajaram nessa luta. Eu já dizia há algumas pessoas e disse ao comandante que nos meus trinta e um anos de serviço, nunca tinha passado por uma situação como passei neste ano, nunca tinha vivenciado uma situação semelhante, pensava até que não conseguiria chegar ao fim do ano da forma como nós estávamos, diante das diversidades e das dificuldades que enfrentamos, especialmente no caso da Polícia Civil, com os movimentos sindicais que nós tivemos, principalmente no segundo semestre“, disse Damasceno.
Dr. Jorge também falou sobre o deficit no efetivo da Polícia Civil, ele informou que houve uma redução de 30% no efetivo mínimo previsto pra área. “Isso é um desafio muito grande, eu não esperava que a gente conseguisse trabalhar assim, mas com muita calma e serenidade conseguimos distribuir e trabalhar com o que a gente tem“, disse.
Dr. Jorge disse ainda que foi preciso fazer algumas mudanças e adaptações no planejamento para que o serviço continuasse funcionando, mesmo que de forma precária. Destacou a grande operação realizada no primeiro semestre que foi a Operação Poeta 2, que combateu o tráfico de drogas, levando para a cadeia traficantes e disse que tinham que comemorar os resultados alcançados durante o ano.
Ouça abaixo na íntegra o debate com os gestores de segurança da região: