Afogados: Secretário de Saúde avalia demandas da pasta e fala sobre planos para resolver saída de médicos cubanos
Por André Luis
No debate das Dez desta quarta-feira (21), o secretário de Saúde de Afogados da Ingazeira, Artur Amorim, avaliou a gestão da pasta durante o ano de 2018, Listou várias demandas que foram suprimidas ao longo do ano, esclareceu dúvidas dos ouvintes e internautas, falou sobre o atendimento na atenção básica, marcações de consultas e exames e respondeu questionamentos dos ouvintes e informou quais ações poderão ser realizadas para suprir o déficit criado com a saída dos cubanos do Mais Médicos. Ele esteve acompanhado da coordenadora da Atenção Básica do município, Luciana Santos.
Artur disse que o ano de 2018 foi muito desafiador com relações a algumas demandas emergências que foram aparecendo, mas que de uma forma geral o ano “foi muito proveitoso”. Ouça a íntegra do debate:
Falando sobre a saída dos cubanos do Mais Médicos, que gerou uma deficiência no atendimento médico do município, Artur destacou que a cooperação cubana está sendo muito sentida e apresentou alguns números para demonstrar a falta que já estão fazendo.
“No universo de 18 mil vagas, a gente teve uma ausência de profissionais em torno de 8.500 que não se conseguia preencher de maneira nenhuma, mesmo dando prioridade aos profissionais brasileiros, aos médicos brasileiros formados no exterior, à profissionais de outras nacionalidades, a gente não conseguia suprir essa necessidade de vagas de 18 mil. Isso é importante de estar dizendo diante desse cenário. O Brasil tem aproximadamente 210 milhões de pessoas, desses, 75% só tem o SUS pra procurar como serviço de saúde. A gente chama de SUS dependente”, informou Artur.
Artur informou ainda que segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, em Afogados da Ingazeira, como em vários municípios que compõem a região do Semiárido, que possuem faixa rural extensa e população de extrema pobreza, o número de SUS-dependentes chega a 96%.
O secretário lembrou que antes do início do programa Mais Médicos, que ocorreu efetivamente em janeiro de 2014, não se conseguia garantir profissional médico em algumas localidades, principalmente em áreas rurais. “E até mesmo em algumas áreas urbanas”. Lembrou.
Segundo Artur, em Afogados já foram afetadas as Unidades Básicas de Saúde do Borges, do Sobreira, do São Francisco e do Mandacaru I e II, ambos no Centro.
Amorim informou ainda que as medidas paliativas que poderão ser tomadas, serão discutidas em uma reunião na tarde desta quarta (21), mas que algumas ideias já foram colocadas na pauta, como diminuir o número de dias de atendimento na zona rural, para poder estar podendo remanejar profissionais para unidades atingidas.
Outra medida em discussão segundo o secretário de Saúde, seria “diminuir o número de atendimentos, que a gente já sabe que pela demanda a gente vai ter dificuldades em algumas outras áreas, aqui na zona urbana mesmo, pra que a gente possa estar colocando um ou dois dias nessa unidade que está sem médico”, informou.