Após prata no Mundial e susto com o pai, Bruninho comemora título na Itália

Bruninho não conhecia melhor remédio para amenizar aquela dor que a lembrança da final do Mundial da Polônia ainda lhe causava. Arregaçou as mangas, mergulhou no trabalho com o intuito de conquistar um título no Modena. No último domingo, enrolado na bandeira do Brasil, fazia o gesto que havia planejado executar em setembro, em Katowice. Se o tetra com a seleção não veio, a Copa Itália estava nas mãos, depois da vitória por 3 sets a 1 sobre o Trentino, que pôs fim a um jejum de 17 anos sem erguer um troféu. Feliz por ter cumprido a missão, o levantador só conseguia agradecer por todos os momentos difíceis que havia passado na carreira, sobretudo nos últimos meses, que fizeram deste um triunfo especial.

á um ano, Bruninho se viu obrigado a fazer as malas diante da crise financeira que assolou o time do Rio de Janeiro e provocou a saída dos principais nomes de seu elenco. Depois veio a campanha complicada durante a Liga Mundial, que foi contornada nos últimos jogos da fase de classificação. Ele e seus companheiros queriam transformar aquela prata em ouro no Mundial. Venceram lesões, mudanças no regulamento, ameaças de punições, saíram na frente na decisão contra os donos da casa, mas não conseguiram o que queriam. Na volta para casa, os ecos ainda seriam ouvidos. Os protestos dos atletas contra a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), depois das denúncias de supostas irregularidades na gestão de dinheiro público apontadas no relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), tomaram a internet e as quadras. Pouco depois, a Federação Internacional (FIVB) anunciou suspensões e multas ainda relativas ao campeonato do mundo. Bruninho e Bernardinho estavam na lista. E em meio a tudo isso, o capitão da seleção ainda recebeu a notícia de que o pai-técnico havia retirado um tumor maligno do rim. Nos últimos dias de 2014, recebeu a visita dele.

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