App para mulher avaliar rapazes, Lulu vira hit e já é usado como vingança

‘No Lulu, a gente consegue fazer uma vingança’, brinca uma usuária.
Brasil é único país fora os EUA em que o app chegou.

O aplicativo Lulu, restrito a mulheres, permite compartilhar comentários do clube da Luluzinha sobre rapazes tanto com as amigas, como também com amigas das amigas e todas as que forem amigas do rapaz avaliado no Facebook. Algumas usuárias relataram ao G1 que já veem o app como ferramenta para se vingar de alguns homens por mau comportamento.

Lançado em fevereiro nos Estados Unidos, o Lulu chegará oficialmente apenas na semana que vem ao Brasil, Alexandra Chong, presidente-executiva da Luluvise, desenvolvedora do app, virá ao país para falar participar do lançamento oficial do Lulu.

No aplicativo vetado a homens, mulheres avaliam, de forma anônima, o comportamento de rapazes com quem saíram ou não, em diversas situações, como o primeiro beijo e o primeiro encontro, e que apontem as qualidades e defeitos deles –os interessados em excluir o perfil do app devem acessar a página e clicar em “remove my profile now” (Veja aqui).

Antes disso, o app estreou semana passada nas lojas de aplicativos da Apple e do Google no Brasil e já virou febre entre as brasileiras (Veja aqui e aqui).

Só para homens
Vetado aos homens, o app permite que mulheres avaliem, de forma anônima, o comportamento de rapazes com quem saíram ou não, em diversas situações, como o primeiro beijo e o primeiro encontro, e que apontem as qualidades e defeitos deles.

A estudante de relações internacionais Marina Castelo, de 20 anos, umas das usuárias da fase de testes do app em Campinas, diz já ter avaliado cerca de 300 rapazes. “Eu peguei mais no pé, tipo, uma vingança pessoal”, brinca. “[Os homens] Eles são muito folgados. Então, no Lulu, a gente consegue fazer uma vingança.”

No app, as mulheres são convidadas a escolher a opção mais adequada ao comportamento de rapazes para perguntas como suas reações em jantares, suas ambições em relação ao futuro, o nível de comprometimento deles e até detalhes íntimos.

“A melhor coisa é você poder, além de se vingar, ver a opinião que as meninas estão dando antes de você se meter numa encrenca com um carinha”, disse. A estudante de administração Jenifer Besson, de 20 anos, também de Campinas, concorda.  “Dá até para se vingar de alguns. Mas eu não sou uma dessas meninas. Eu fui sincera.”

Marina acrescenta, porém, que, dependendo do que as meninas que já se relacionaram com os rapazes dizem, decide se “dá para dar mais moral” a um rapaz. A estudante diz que já fugiu de uma “furada” graças ao Lulu. “Falavam que ele era ‘galinha’, usava Ryder.”

Outra usuária, a estudante de publicidade e propaganda Flávia Rodrigues, de 22 anos, diz que o app replica “esse hábito de as mulheres falarem do comportamento masculino” e “não deixaria de ficar com alguém por causa disso”.

#tocavuvuzela
Entre as qualidades, as moças podem assinalar algumas hashtags como #lavaroupa, #bebesemcair, #semmedodeserfofo, #feioarrumadinho, #lindotesãobonitoegostosão, #deixaasinimigascominveja.

E os defeitos: #curteoromerobritto, #prefereovideogame, #apaixonadopelaex, #tocavuvuzela, #arrotaepeida, #piormassagemdomundo, #amigodaex, #maisbaratoquepãonachapa, #perfeitoparaminhairmã.

Baseado nas respostas, o app organiza listas como a dos rapazes que melhor beijam ou a dos mais fofos.

Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo país a receber o Lulu. “O Brasil é um mercado que está crescendo muito com as redes sociais. E o Lulu é um app polarizador, provocante e tem tudo a ver com a mulher brasileira”, disse ao G1 Helene Hermes, gerente de marketing da Luluvise no Brasil.

Homens são liberados no app apenas para visualizar seus perfis, que não exibem as notas recebidas. “O Lulu permite elogiar os caras, sim, e a maioria das usuárias está lá para elogiar os amigos. Nossa ideia não é deixar o menino mal”, diz Helene.

A versão do app para os homens é diferente: permite apenas alterar a foto do perfil e sugerir hashtags. Para ver a nota recebida, porém, os rapazes só têm um jeito: pedir a alguma amiga que o mostre, pois homens não entram nesse clube.

Do G1

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